América Latina

Maduro: Venezuela se prepara para luta armada contra os EUA

Os 8 navios militares americanos que estão navegando em águas internacionais do Caribe rumo à América do Sul já navegam em direção à Venezuela

Em entrevista coletiva concedida à imprensa nesta segunda-feira (1º) de setembro, o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou que os navios de guerra e um submarino americano estão “apontando” para o território do país caribenho, portando ao menos 1.200 mísseis, todos direcionados à Venezuela. Declarou que o envio desta força naval representa “a maior ameaça à América Latina do último século”, reafirmando que a Venezuela não se curvará frente às ameaças. Os Estados Unidos enviaram suas frotas ao Caribe com o pretexto de combater a rede de narcotráfico, enquanto a imprensa americana afirma que as autoridades militares não descartam uma invasão.

Os 8 navios militares americanos que estão navegando em águas internacionais do Caribe rumo à América do Sul já navegam em direção à Venezuela, denunciou o presidente venezuelano, prometendo que o país entrará em situação de “luta armada” se forem realizadas agressões.

“Se a Venezuela for agredida, passará imediatamente ao período de luta armada em defesa do território nacional, da história e do povo da Venezuela”, conclamando a mobilização popular. Enfatizou que a coesão do povo constitui “bloco histórico invencível ante qualquer ameaça do imperialismo norte-americano e seus lacaios”.

Com a proposta de uma jornada de alistamento pela Milícia Nacional Bolivariana, Nicolás Maduro destacou, neste sábado (30) de agosto, a participação massiva da população, como exemplo de patriotismo contra as ameaças e pressões dos Estados Unidos. Relembrou que o alistamento faz parte das ações que têm por finalidade a defesa da soberania nacional contra as ameaças externas.

“Cidadãos, deem novas provas de sua lealdade, de seu amor e zelo, de seu patriotismo, para que possam desfrutar perpetuamente da segurança e da liberdade que desejam e pelas quais eu tanto anseio”. Manifestou o presidente Nicolás Maduro em sua conta no mensageiro instantâneo Telegram, citando uma frase de Simón Bolívar, o libertador do povo venezuelano. Esse chamado do líder venezuelano foi realizado como forma de reação aos movimentos militares dos Estados Unidos na região do Caribe, declarando que o país norte-americano busca realizar uma perseguição através de ameaças diretas ao país.

Em agosto, o governo americano, com as ordens do presidente Donald Trump, enviou, além da frota naval, aviões espiões, perto da costa da Venezuela, como uma suposta operação militar contra o tráfico de drogas da América Latina, porém com muitas suspeitas sobre uma intervenção para depor o presidente Nicolás Maduro. A versão oficial americana não negou nem confirmou. Na entrevista, o líder venezuelano qualificou a incursão de Washington de “criminosa e imoral”, pois viola os direitos internacionais.

Esta operação militar americana, pelo que se sabe, é composta de navios que foram enviados ao sul do Caribe, incluindo um esquadrão anfíbio, composto de uma tropa com 4.500 militares, além de aviões espiões P-8, que já sobrevoaram a região, em águas internacionais. De acordo com a versão oficial da Casa Branca, a operação se apoia na acusação de que Nicolás Maduro é suposto líder do Cartel de los Soles, classificado como organização terrorista. Consideram o presidente venezuelano como um fugitivo da justiça, oferecendo US$ 50 milhões de dólares em informações que levem à sua captura. A porta-voz do governo americano, Karoline Leavitt disse que irá usar “toda a força” contra Maduro.

Enquanto isso, Caracas classifica a movimentação militar americana como ameaça à sua defesa nacional, mobilizando militares e milicianos para sua segurança nacional. Esta segunda jornada de alistamento é um plano para mobilizar cerca de 4,5 milhões de reservistas, respondendo a uma estratégia do governo nacional venezuelano de fortalecimento da defesa integral do país contra as ingerências externas e as ameaças militares americanas. Em 19 de agosto, a porta-voz americana confirmou o envio de 3 navios de guerra com 4.000 soldados próximos à Venezuela, com o objetivo de pressionar o governo em Caracas, continuando as chantagens promovidas pela Procuradoria-Geral dos Estados Unidos de uma recompensa em dólares que conduzam à captura do líder venezuelano.

“É uma situação muito semelhante àquela do Irã, alguns meses atrás. O volume de recursos militares que os Estados Unidos transferiram para o Oriente Médio naquela ocasião, e agora para o Caribe, são indicações de que eles estão falando sério”, afirmou o doutor em ciências políticas pelo INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE PESQUISAS DO RIO DE JANEIRO (IUPERJ), Maurício Santoro, colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil. “Não é simplesmente um blefe. Há preparação para algum tipo de intervenção militar”, avaliando que em um primeiro momento uma invasão terrestre parece ser inviável, mas um bombardeio é possível.

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