Europa

Macron diz que França reconhecerá Estado da Palestina em setembro

Hamas celebrou a decisão, classificando-a como “um passo positivo na direção correta para fazer justiça ao povo palestino oprimido”

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a França reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para setembro. O anúncio foi feito por meio de uma publicação na rede social X nesta quinta-feira (24):

“Farei esse anúncio de forma solene na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro deste ano.”

Com a decisão, a França se tornará o maior e mais importante país da Europa a aderir ao reconhecimento do Estado palestino, seguindo os passos de Noruega, Irlanda e Espanha, que já indicaram que também iniciarão esse processo. Atualmente, pelo menos 142 dos 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) já reconheceram — ou anunciaram que reconhecerão — a Palestina como um Estado. Entre os países que ainda se recusam a fazê-lo estão os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha.

A declaração ocorre em meio a uma crescente indignação das massas europeias com a guerra conduzida por “Israel” na Faixa de Gaza, que já matou mais de 59.500 palestinos e impôs restrições severas à entrada de ajuda humanitária, provocando uma grave crise de fome e de sede.

No início da semana, a França uniu-se a outros 23 aliados históricos de “Israel”, como Reino Unido, Austrália e Canadá, na condenação das restrições impostas à entrada de ajuda em Gaza e aos assassinatos de centenas de palestinos que tentavam obter alimentos. A nota conjunta afirmou que a guerra “deve terminar agora”.

Macron já havia manifestado anteriormente sua “determinação em reconhecer o Estado da Palestina”, e o chanceler francês deverá co-organizar na próxima semana uma conferência na ONU sobre a “solução de dois Estados”.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que pretende coordenar com os governos de França e Alemanha uma ligação de emergência nesta sexta-feira (25) sobre a situação em Gaza. Segundo ele, um cessar-fogo “nos colocará no caminho para o reconhecimento do Estado palestino e da solução de dois Estados, que garanta paz e segurança para palestinos e israelenses”.

A proposta de Macron, ainda que seja uma importante demonstração da crise profunda em que o imperialismo se encontra devido ao genocídio em Gaza, visa satisfazer não a reivindicação principal do povo palestino, que é o fim da ocupação sionista, mas sim aos traidores Acordos de Oslo, que reconhecem oficialmente o Estado de “Israel” e relegam aos palestinos uma faixa pequena de terra, sob a administração corrupta da Autoridade Palestina.

Em sua publicação, Macron também compartilhou uma carta enviada ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, detalhando sua intenção. O vice de Abbas, Hussein al-Sheikh, elogiou Macron, afirmando que sua posição “reflete o compromisso da França com o direito internacional e com os direitos do povo palestino à autodeterminação e à criação de nosso Estado independente”.

Apesar de Macron se comprometer com a falaciosa “solução de dois Estados”, o Hamas também celebrou a decisão, classificando-a como “um passo positivo na direção correta para fazer justiça ao povo palestino oprimido” e conclamou todos os países, especialmente os europeus, a seguirem o exemplo da França.

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