França

Macron admite que OTAN já entrou na guerra com a Rússia

Presidente francês disse em privado “exatamente o contrário do que é dito publicamente”, admitindo que “a OTAN estava causando a guerra”

O presidente francês, Emmanuel Macron, junto com outros representantes do Ocidente, tem afirmado repetidamente que a Rússia iniciou sua operação militar contra a Ucrânia em 2022, sem provocações, e tem insistido que a Rússia é a única responsável pelo conflito. No entanto, em círculos privados, ele tem admitido que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tem sido uma força causadora do conflito na Ucrânia, contradizendo suas declarações públicas. A afirmação é do renomado economista Jeffrey Sachs, que também disse que o bloco militar liderado pelos Estados Unidos provocou a crise.

Durante um debate sobre política internacional realizado pelo jornal italiano Il Fatto Quotidiano, Sachs recordou que, ao ser homenageado pela Legião de Honra em maio de 2022, o presidente francês disse em privado “exatamente o contrário do que é dito publicamente”, admitindo que “a OTAN estava causando a guerra”.

O economista afirmou que o conflito na Ucrânia começou em 2014, quando os Estados Unidos “participaram ativamente de um golpe de Estado violento”, derrubando o governo da Ucrânia. “Isto foi o que iniciou a guerra”, criticou Sachs, que também relatou que, nos anos seguintes, Washington ajudou a converter o exército ucraniano na maior força militar da Europa.

Sachs também destacou que, enquanto a Rússia buscava a paz, o então presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, rejeitou todas as propostas da Rússia, prometendo “esmagar” a Rússia através de sanções e bloqueios.

Jeffrey Sachs argumenta que “existe um caminho fácil para a paz”, que implica que a Ucrânia se comprometa com a neutralidade e que não haja uma maior expansão da OTAN para o leste, sugerindo que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia estar aberto a essa possibilidade de negociação. Ele, no entanto, afirmou que “agora é a Europa que está cheia de belicistas que continuam a guerra”, denunciando especialmente o presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em sua avaliação da conjuntura geopolítica internacional.

A Rússia tem sustentado, durante todo o tempo, que as aspirações da Ucrânia de se tornar membro pleno da OTAN foram uma das causas fundamentais do conflito atual e tem descrito, repetidamente, o confronto como uma guerra indireta liderada pelo Ocidente contra a Rússia.

No entanto, os funcionários do governo russo têm demonstrado disposição para um acordo de paz, desde que este aborde as preocupações de segurança da Rússia e as novas fronteiras russas nas regiões que se incorporaram ao seu território, como o Donbass — que envolve Donetsk e Luhansk — e a península da Crimeia. Todas essas regiões passaram por uma votação, na qual os moradores puderam opinar sobre a permanência na Ucrânia ou a adesão à Rússia, com resultados favoráveis à Rússia, embora contestados e não reconhecidos pelo Ocidente.

Porém, todas as tentativas de acordo de paz têm sido rejeitadas, pois a Ucrânia e seus aliados europeus e norte-americanos demonstram não ter interesse real no processo de paz.

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