Na última semana, o adolescente Walid Khaled Abdullah Ahmad, de apenas 17 anos, um jovem brasileiro-palestino, foi torturado até a morte na prisão de Megiddo, no norte da Palestina ocupada, pelos agentes da repressão do Estado de “Israel”. Ahmad foi detido em 30 de setembro de 2024, permanecendo preso sem julgamento até seu falecimento em 24 de março de 2025. A morte do adolescente eleva para 300 o número de palestinos assassinados sob custódia israelense desde o início da guerra genocida contra Gaza, incluindo 63 vítimas oriundas da região sitiada.
A brutalidade com a qual o sionismo tratou um cidadão brasileiro é apenas mais uma das demonstrações de que o presidente Lula e seu governo precisam romper imediatamente qualquer laço com um Estado assassino como “Israel”. A prisão de Megiddo é notoriamente conhecida por práticas sistemáticas de tortura, maus-tratos e negligência médica. Organizações de direitos humanos denunciam há décadas que a unidade prisional opera como um verdadeiro campo de concentração moderno, onde os presos palestinos são submetidos a sessões regulares de espancamento, isolamento e tortura psicológica.
Segundo a Comissão dos Prisioneiros Palestinos, as condições dos detidos são desumanas e brutais. Muitos são mantidos algemados por longos períodos, privados de assistência médica, passando fome e sofrendo agressões físicas constantes. Desde o início da guerra genocida contra Gaza, este cenário só se intensificou.
De acordo com a Palestinian Prisoners’ Society (PPS) e a Comissão de Assuntos de Detentos e Ex-Detentos Palestinos, “Israel” mantém sob custódia cerca de 9.500 reféns palestinos, incluindo 350 crianças, 21 mulheres e 3.405 “detidos administrativos” que não tiveram sequer o direito a um julgamento.
A violência contra os presos palestinos não cessa com sua morte. Em muitos casos, os corpos são mantidos em “cemitérios” e refrigeradores, impedindo que as famílias realizem o sepultamento digno. Em setembro de 2019, a Suprema Corte de “Israel” tornou essa prática legal ao determinar que os militares têm o direito de reter cadáveres para usá-los como “moeda de troca” em futuras negociações. Isso escancara o caráter absolutamente desumano e terrorista do Estado sionista.
Diante de crimes tão brutais, não há justificativa para que o governo Lula continue mantendo relações com um Estado responsável por massacres sistemáticos e genocídio contra o povo palestino. A manutenção das relações diplomáticas e comerciais com “Israel” representa um grave erro político e uma capitulação diante do imperialismo, que dá total apoio às ações genocidas do regime sionista.
A luta do povo palestino é uma luta contra o genocídio e contra a ocupação imperialista. Cabe ao Brasil se colocar ao lado dos oprimidos e romper de uma vez por todas com o Estado de “Israel”.