As declarações criminosas feitas no dia 7 de outubro, quando os povos oprimidos celebravam o aniversário da operação mais espetacular da história da resistência palestina, revelaram que senador Jaques Wagner (PT), líder do governo Lula casa legislativa, é um quinta-coluna. O termo, cunhado para designar infiltrados que atuam para destruir um movimento por dentro, se aplica perfeitamente ao senador: trata-se de um agente do sionismo dentro do PT, que age conscientemente para legitimar o genocídio do povo palestino e blindar os verdadeiros fascistas.
Ao afirmar, sem pestanejar, que “o Hamas tem que ser exterminado”, Wagner repete palavra por palavra o discurso do sionismo, do imperialismo norte-americano e do próprio governo de Benjamin Netaniahu. É um chamado direto ao genocídio. O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), ao contrário do que dizem os propagandistas da imprensa golpista e os traidores da esquerda, não é uma “organização terrorista” isolada. É o maior partido político palestino, eleito democraticamente, que governa a Faixa de Gaza, construiu hospitais, escolas, infraestrutura, e representa a resistência legítima contra a ocupação colonial israelense.
Dizer que deve ser exterminado é dizer que o povo palestino deve ser exterminado. Ponto. É o programa do sionismo: a eliminação física da Palestina e de seus habitantes.
O cinismo não para aí. Wagner ainda decidiu falar que “não é Israel que deve ser eliminado”, como se o problema fosse apenas o atual governo, não o próprio Estado de “Israel”. Ora, isso é uma mentira criminosa. Desde sua fundação em 1948, “Israel” promove uma política sistemática de limpeza étnica, com massacres e expulsão em massa do povo palestino. O governo de então era do Partido Trabalhista, não do Likud. O massacre de Sabra e Chatila, os bombardeios em Gaza, os bloqueios, os assassinatos de crianças — tudo isso é parte do Estado de “Israel”, seja qual for o partido no poder.
Não há “Israel bonzinho”. O projeto sionista é, em essência, genocida.
A esquerda brasileira precisa traçar uma linha clara: não há lugar para fascistas e sionistas em suas fileiras. Um homem que defende o extermínio de um povo oprimido não pode ser parte de um partido que se diz de esquerda. Ou se está com os oprimidos, ou com os opressores.
A presença de Jaques Wagner na esquerda, ainda mais representando um governo com uma ampla base popular, é um insulto à luta anti-imperialista, à solidariedade internacional entre os povos e à própria história do partido.





