Na última semana, foi aprovada a lei que acaba com a privacidade de menores de 16 anos. A “Lei Felca”, aprovada a toque de caixa na Câmara dos Deputados após um escândalo produzido pela grande imprensa a partir do vídeo de um youtuber, escancarou a farsa da “democracia” no Brasil. Trata-se, afinal, de uma lei que afeta milhões de pessoas, mas que não foi discutida com ninguém. Foi aprovada em tempo recorde, com o pretexto de que Felca teria comovido a opinião pública.
Trata-se de um golpe. Se a lei fosse algo sério, deveria ter sido discutida por meses, com a consulta de sindicatos, associações de pais e organizações. Mas foi o exato oposto o que aconteceu. A lei foi discutida em um único dia na Câmara dos Deputados.
O que foi feito é completamente antidemocrático e criminoso. E o pior: não foi apenas a direita que participou desse golpe, mas também o PT, o PSOL e o PCdoB, que não apenas foram favoráveis à lei, mas também foram coniventes com a maneira como a votação foi conduzida. A lei é um ataque direto à soberania nacional, pois é uma política do imperialismo, similar a leis aprovadas na Inglaterra, o país mais repressivo do mundo.
Essas leis são feitas para impor uma censura brutal. Os mesmos que financiam a guerra em Gaza para matar crianças palestinas agora se preocupam em defender as criancinhas no Brasil. É ridículo.
A lei dá aos pais controle absoluto sobre o uso das redes sociais por filhos menores de 16 anos. É uma medida totalitária e antidemocrática. Um jovem de 15 anos já é uma pessoa política e consciente. A lei coloca a juventude, uma força revolucionária, sob o controle de uma das instituições mais conservadoras da sociedade: a família.
É uma lei de fomento à contrarrevolução, pois a revolta dos jovens será canalizada contra o governo Lula e, em certa medida, contra a esquerda de conjunto.





