Os latifundiários do agronegócio, além de executar uma política de verdadeiro terror no campo ao criminalizar os movimentos dos trabalhadores rurais e dos índios por meio de seus braços armados — jagunços e as polícias civil, militar e federal —, agora partiram para mais um ataque.
Desta vez, visam assaltar, literalmente, a população em geral ao acionar o Banco do Brasil na justiça para obrigá-lo a pagar cerca de R$841 bilhões em supostos danos morais. Um verdadeiro absurdo.
Segundo a Associação Brasileira de Defesa do Agronegócio (ABDAGRO), composta, logicamente, pelos mais vis defensores do latifúndio, a ação visa uma suposta reparação por danos morais (vejam só), coletivos e sociais, sob a alegação de que o BB teria praticado venda casada durante a contratação de crédito rural por produtores do agronegócio.
Enquanto isso, os massacres de trabalhadores sem terra e dos índios continuam a crescer, com requintes de crueldade e selvageria por parte do latifúndio. E, pior, com o crescimento da extrema-direita, a violência se acentuou. Essa realidade sempre existiu, representando uma enorme ofensiva contra os trabalhadores rurais, promovida pelos latifundiários e pelo Estado burguês.
Os mesmos que impõem uma verdadeira ditadura no campo detêm 56% das terras destinadas à agricultura no País, ou seja, muita terra nas mãos de poucos. Por outro lado, quase 5 milhões de famílias lutam incansavelmente para ter o mínimo de espaço para cultivo e sofrem, diariamente, as consequências da exclusão em um sistema profundamente desigual.
O agronegócio é um setor composto por parasitas sociais que vivem de benefícios fiscais e perdões de dívidas estatais. No Congresso Nacional, são amplamente representados pela bancada ruralista, formada por políticos de direita extremamente conservadores. Não por acaso, são apelidados de bancada do boi, da bala e da bíblia, uma vez que vivem do latifúndio e estão constantemente envolvidos em roubos e abusos estatais.
A ação contra o Banco do Brasil é mais uma tentativa de assalto aos cofres públicos, ou seja, um golpe contra os cidadãos brasileiros, principalmente os menos favorecidos. O BB é um banco público e, como tal, tem função social. Atua como parceiro do setor público na administração de recursos federais destinados a estados, municípios e ao Distrito Federal, além de ser o maior apoiador da agricultura familiar, que, segundo o último censo, emprega mais de 10 milhões de pessoas.