A manifestação ocorrida na sede da APEOESP, em São Paulo, no dia 7 de outubro, já seria importante por reunir militantes e ativistas para celebrar os dois anos da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, a operação militar lançada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) que mudou definitivamente a correlação de forças entre os povos oprimidos e o Estado de “Israel”. Acontecimentos recentes, no entanto, deram um significado ainda mais profundo para o ato público convocado pelo Partido da Causa Operária (PCO) e pelo Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal).
Desde a semana anterior ao evento, ações coordenada entre os defensores do sionismo no Brasil vieram à tona com o objetivo de impedir que o ato acontecesse. Entre elas, uma nota pública de uma organização não-governamental (ONG) associada a institutos imperialistas, representações junto ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP) pedindo a proibição do evento e artigos da imprensa burguesa que buscavam mobilizar a opinião pública contra a manifestação. Os processos contra o ato, por sua vez, foram impetrados por parlamentares de extrema direita, a exemplo do deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil), que pertence ao Movimento Brasil Livre (MBL).
Também merecem destaque as declarações do vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth (PSD), que defendeu a cassação do registro partidário do PCO por convocar uma manifestação.
No próprio dia do ato, o sionismo lançou sua última tentativa de impedir a manifestação. Um grupo de provocadores ligados ao MBL se reuniu em frente à sede da Apeoesp e, sob proteção policial, hostilizou os manifestantes.
O fato é que nenhuma dessas ações teve êxito. O mais provável, na verdade, é que elas tenham contribuído para o sucesso do evento, uma vez que a necessidade de responder às provocações sionistas forneceu uma motivação a mais para aqueles que estavam reticentes sobre a participação na manifestação.
Diante de todas as ocorrências, o ato representou uma importante vitória do movimento em defesa da Palestina sobre o sionismo. Ele mostrou que a pressão da imprensa burguesa e mesmo do Estado burguês deve ser enfrentada. E que mesmo a ameaça física de provocadores contratados para defender um genocídio deve ser enfrentada.
A pressão contra o ato é um resultado direto da situação de falência internacional na qual se encontra o sionismo. Sem apoio na opinião pública, o aparato sionista tenta se sustentar por meio da intimidação. Por isso, a importância de o ato ter acontecido, pois apontou a perspectiva correta para os defensores da Palestina no Brasil.
Podem latir à vontade, sionistas. O povo brasileiro não baixará a cabeça para suas provocações.





