São Paulo

Juízes e pelegos atuam contra greve, mas problemas continuam

Servidores do Judiciário paulista realizaram uma combativa mobilização, suspensa no dia 28

No último dia 21, ocorreu a primeira assembleia presencial dos servidores do TJ-SP. Estima-se que dois mil judiciários de todo o Estado compareceram ao ato na capital paulista, que se iniciou no fórum João Mendes e caminhou contornando o prédio rumo ao Palácio da Justiça, com palavras de incentivo de servidores, representantes das entidades da categoria, membros de partidos e de outras organizações, como a Apeoesp. 

Greve

A partir da assembleia, os judiciários paulistas realizaram uma semana de greve, depois de 15 anos sem paralisações na categoria.

A greve avançou para dezenas de comarcas da Capital e do Interior, forçando os juízes a agirem contra o movimento. Mostrando o caráter reacionário do comando do Judiciário, dezenas de servidores com cargos comissionados foram afastados de suas funções, nas quais recebiam adicionais. E iniciou-se uma articulação dos chefes do TJSP com as associações da categoria, dividida por conta dos interesses dos “sindicalistas”, em mais de 25 entidades.

Manobra

Na “negociação” do dia 28, antes da assembleia, o Tribunal recebeu apenas 11 presidentes de associações, sem a presença de representantes da base e apresentou a proposta ridícula de manter os 5% que já haviam sido aprovados pela Assembleia Legislativa para todo o funcionalismo, prometendo “um reajuste”, sem especificar o índice, “no segundo semestre”, sem estabelecer data.

Pela proposta, o reajuste pode ser de 0,01%, para vigorar em 31/12/2025.

Além disso, os juízes que chegaram a aumentar até 1400% seus próprios vencimentos, nos últimos anos, ofereceram apenas um acréscimo de 2,5% na gratificação para os detentores de curso superior e pós-graduação e 5% a mais na gratificação para a ínfima minoria que têm mestrado e doutorado. Uma proposta que têm o claro intuito de dividir os trabalhadores. 

Com a Praça em frente ao Fórum João Mendes lotada, a proposta tinha tudo para ser rejeitada, pois gerou revolta entre os grevistas.

Os sindicalistas então se revezaram em diversas falas em que, de fato, apoiavam a proposta, contra o posicionamento da corrente Servidores em Luta (militantes e simpatizantes do PCO) que distribuíram Boletim e interveio na Assembleia defendendo a continuidade da greve por 30% de reajuste e cancelamento das punições.

A votação foi claramente favorável à continuidade da greve, mas os “sindicalistas” amigos dos chefes do Judiciário, anunciaram a suspensão da greve, gerando protestos. Nova assembleia foi marcada para 2 de julho.

Retomar a mobilização

A greve foi suspensa, mas os problemas que levaram a ela, não foram resolvidos.

É preciso fazer o balanço nos locais de trabalho. Denunciar a política traidora das direções e criar as condições para uma mobilização ainda maior no segundo semestre.

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