Movimento sindical

Judiciários se mobilizam em São Paulo

Segundo os trabalhadores, o salário da categoria acumula perdas de mais de 30%, apenas nos últimos anos. Eles também reclamam do excesso de trabalho diante da ausência de concursos

Diante de um brutal arrocho salarial e da ditadura dos juízes e chefes do judiciário também contra os servidores, a categoria convocou uma assembleia para o tradicional Fórum João Mendes, em São Paulo, no último dia 11.

Segundo os trabalhadores, o salário da categoria acumula perdas de mais de 30%, apenas nos últimos anos. Eles também reclamam do excesso de trabalho diante da ausência de concursos públicos e da política de terceirização que domina o setor. “Há um acúmulo ilegal e abusivo de funções, estamos fazendo muito além das nossas atribuições”, denunciam.

Reclamam também que não há evolução funcional, a carreira está estagnada. “É uma linha reta sem fim, sem plano justo de progressão, promoção ou valorização por qualificação. Muitos colegas passam décadas no mesmo nível, sem perspectiva de avanço”, relataram os servidores.

A situação, além de uma sobrecarga de trabalho, provoca o adoecimento de um número cada vez maior de trabalhadores. Segundo a Corrente Servidores em Luta, “o volume de trabalho aumenta, as equipes diminuem, as metas apertam e a saúde mental e física vai para o ralo“.

Mordomias e facilidades só para os juízes, para a imensa maioria dos servidores, faltam condições mínimas. Os servidores são obrigados a conviver com cadeiras inadequadas, computadores obsoletos, falta de suporte técnico, ambientes insalubres.

De forma ditatorial, os servidores e suas organizações não são ouvidos nas decisões que lhes dizem respeito. Diante destes e outros problemas, a categoria busca enfrentar a repressão e a dispersão provocada por “sindicalistas” que, na maioria dos casos, só visam seus próprios interesses e mantém a categoria dispersa em mais de 30 entidades.

É preciso unificar a categoria, aprovar a greve e formar comandos de base em todos os fóruns e comarcas pela conquista da reposição integral das perdas salariais e por melhores condições de trabalho.

Gostou do artigo? Faça uma doação!