Estados Unidos

Jornalista britânico é detido nos EUA por pressão sionista

Entidade islâmica disse que ele foi parado no aeroporto após uma campanha coordenada de “extrema direita, Israel Primeiro”

O jornalista e analista político britânico Sami Hamdi foi detido pelas autoridades federais dos Estados Unidos, no que um grupo de direitos civis muçulmanos chamou de “sequestro”. O Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) condenou a detenção do comentarista político no aeroporto de São Francisco no domingo (26) como “uma flagrante afronta à liberdade de expressão”, atribuindo sua prisão às suas críticas à guerra de “Israel” na Faixa de Gaza.

Sami Hamdi, crítico frequente das políticas do governo norte-americano e de “Israel”, discursou em uma festa de gala no Conselho de Relações Americano-Islâmicas em Sacramento na noite de sábado (25) e deveria falar em outro evento da mesma entidade na Flórida no dia seguinte, antes de sua detenção pela agência de Imigração e Alfândega (ICE) do Departamento de Segurança Interna.

A entidade islâmica disse que ele foi parado no aeroporto após uma campanha coordenada de “extrema direita, Israel Primeiro”.

“Nossa nação precisa parar de sequestrar críticos do governo israelense a mando de fanáticos descontrolados do ‘Israel Primeiro’”, denunciou em um comunicado. “Esta é uma política do ‘Israel Primeiro’, não uma política do ‘Estados Unidos Primeiro’, e precisa acabar”, criticou a entidade.

Em uma declaração vista pela Al Jazeera, amigos de Hamdi chamaram sua prisão de “um precedente profundamente preocupante para a liberdade de expressão e a segurança dos cidadãos britânicos no exterior”.

A declaração pediu que o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido “exigisse esclarecimentos urgentes das autoridades dos EUA sobre os motivos da detenção do Sr. Hamdi”.

A Al Jazeera foi informada de que ele permanece sob custódia do governo norte-americano e não foi deportado. “A detenção de um cidadão britânico por expressar opiniões políticas estabelece um precedente perigoso que nenhuma democracia deveria tolerar”, acrescentou a nota.

O pai de Hamdi, Mohamed El-Hachmi Hamdi, disse em uma publicação na rede social X que seu filho “não tem nenhuma afiliação” com nenhum grupo político ou religioso.

“Sua posição sobre a Palestina não está alinhada com nenhuma facção local, mas sim com o direito do povo à segurança, paz, liberdade e dignidade. Ele é, simplesmente, um dos jovens sonhadores desta geração, ansiando por um mundo com mais compaixão, justiça e solidariedade”, acrescentou.

A Secretária Assistente do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, confirmou a detenção de Hamdi no domingo, alegando, sem provas, que ele representava uma ameaça à segurança nacional. “O visto deste indivíduo foi revogado e ele está sob custódia do ICE aguardando remoção”, informou ela no X.

Hamdi tem acusado políticos norte-americanos de permitirem ativamente o genocídio de “Israel” na Faixa de Gaza, e tem sido amplamente citado por desafiar governos imperialistas diretamente sobre transferências de armas e cobertura diplomática para crimes de guerra israelenses.

Sua detenção ocorre em meio a um padrão mais amplo de perseguição a palestinos e a ativistas pró-Palestina.

Em junho, dois palestinos, Awdah Hathaleen e seu primo, Eid Hathaleen, tiveram a entrada negada no mesmo aeroporto e foram deportados para o Catar. Semanas depois, Awdah teria sido morto por um colono israelense na Cisjordânia ocupada.

A ativista de extrema direita e aliada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Laura Loomer, que se descreveu publicamente como uma “islamofóbica orgulhosa” e “defensora branca”, imediatamente comemorou online seu papel na detenção de Hamdi.

“Você tem sorte que o único destino dele seja ser preso e deportado”, ela escreveu, falsamente rotulando-o de “um apoiador do Hamas e da Irmandade Muçulmana”. Loomer e outros atribuíram a escalada contra Hamdi à Fundação RAIR, uma rede de pressão pró-“Israel” cuja missão declarada é se opor à “supremacia islâmica”. A RAIR acusou recentemente Hamdi de tentar “expandir uma rede política estrangeira hostil aos interesses americanos” e instou as autoridades a expulsá-lo do país.

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