O influenciador webcomunista Jones Manoel, enfrentou um banho de água fria da Meta, dona do Instagram e do Facebook. Na quarta-feira, 6 de agosto de 2025, suas contas, que contam com a audiência de milhares de pessoas, e, ecoam diariamente o vazio da cabeça da esquerda bem-pensante, foram sumariamente bloqueadas por “violar os padrões da comunidade”. Após um breve exílio digital, Jones anunciou, com alívio, a recuperação de seus perfis no dia seguinte. Mas a história não é apenas sobre um retorno triunfal: é uma ironia cômica. Jones, defensor da regulação das redes sociais, acabou mordido pela mesma máquina censuradora que ele aplaudia.
Na quinta-feira, 7 de agosto, após, quem sabe, um mea-culpa interno da Meta, as contas foram desbloqueadas. Jones voltou ao ar, e provavelmente não aprendeu uma lição: a regulação das redes é uma faca de dois gumes, apontada para a sua própria jugular.
Jones Manoel nunca escondeu sua opinião sobre a regulação das redes sociais, que ele chama orgulhosamente de regulação das Big Techs. A “regulação” que Jones defende, na prática, se traduz em entregar o poder de censura do ambiente digital na mão de enormes tubarões do capital estrangeiro.
Jones vinha se colocando como uma voz radical em favor da regulação das redes em nome da defesa “soberania digital”. Mal sabia ele que, semanas depois, seria ele mesmo a vítima dessa “soberania”. A Meta, sem explicar o motivo, jogou Jones no limbo, provando que a regulação, não é sobre proteger o povo, mas sobre calá-lo.
Pau que bate em chico…
A ironia, claro, é que Jones, ao defender a regulação, dava a entender que ela seria aplicada à letra da lei, mas não viu esse sonho se tornar realidade.
A situação é engraçada só até a página dois. Censurar Jones Manoel, que é uma figura pública conhecida, é mais um ataque à liberdade de expressão. Se até um defensor da regulação como ele pode ser silenciado sem explicação, o que será de quem é combativo de verdade? A Meta, com seu exército de algoritmos e moderadores invisíveis, age como um juiz, júri e carrasco, decidindo quem pode falar e quem deve ser calado. E isso é tudo menos democrático.



