A Jewish Legacy, uma organização britânica que se apresenta como uma entidade de “caridade” para a comunidade judaica do Reino Unido, está no centro de uma tempestade de acusações. Segundo a emissora iraniana PressTV, em uma reportagem de 16 de agosto de 2025, a entidade está sendo denunciada por supostamente canalizar doações para grupos que a emissora descreve como “sionistas genocidas”, que apoiam o massacre em Gaza. A denúncia levanta questões sobre o papel de caridades na geopolítica, o financiamento de grupos ligados a “Israel” e a própria legalidade das operações da Jewish Legacy.
A reportagem da PressTV, assinada por David Miller, mergulha na lista de 30 instituições de caridade promovidas pela Jewish Legacy. Embora algumas delas, como a Jewish Care e a Jewish Association for Mental Illness (JAMI), pareçam inofensivas, a matéria alega que outras 14 são, na verdade, organizações sionistas que apoiam a violência e a ocupação. Entre os nomes citados estão a United Jewish Israel Appeal, a Yad Sarah e a Women’s International Zionist Organisation (WIZO), fundada em 1920 e com laços históricos com figuras proeminentes do sionismo, como a esposa do primeiro presidente de “Israel”.
A denúncia da PressTV se aprofunda ao detalhar as atividades de algumas dessas organizações. A reportagem cita o caso da AKIM, que supostamente publica fotos de adultos com uniformes militares israelenses em seu site, e o da Youth Aliyah – Child Rescue, que, segundo a emissora, mantém “programas de preparação para o exército” direcionados a jovens. A PressTV sustenta que essas atividades violam a lei britânica de caridade, citando uma declaração da Charity Commission de que “fornecer ajuda ou suprimentos militares a qualquer força armada estrangeira não é uma finalidade caritativa”.
A reportagem não para por aí. Ela também questiona a própria legitimidade da Jewish Legacy, mencionando que a organização está sob uma “proposta ativa de exclusão” do registro de caridades por não ter um endereço de registro funcional. A PressTV também investiga os perfis dos diretores da Jewish Legacy, como Anthony Broza e Adam Neil Overlander-Kaye, e seus vínculos diretos com o sionismo.
A reportagem da PressTV conclui com uma dura crítica à comunidade judaica organizada no Reino Unido, que, de acordo com o autor, “apoia o genocídio em curso em Gaza por ação e inação”. A matéria sugere que a falta de dissociação pública das instituições listadas da Jewish Legacy é um sinal de apoio generalizado ao genocídio.





