O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por um procedimento para remover lesões de pele que continham células cancerígenas, conforme confirmado por seu médico, o cirurgião Claudio Birolini. A notícia foi divulgada em 17 de setembro de 2025, um dia após Bolsonaro ser internado no hospital DF Star, em Brasília.
A equipe médica de Bolsonaro identificou as lesões, uma delas inicialmente notada como uma verruga no braço do ex-presidente. Essa verruga, identificada em abril, foi objeto de uma biópsia que revelou a presença de células cancerígenas. Foram encontradas lesões com células malignas no braço e no tórax.
A cirurgia, realizada no domingo, 14 de setembro de 2025, removeu oito lesões de pele. O laudo do material biológico indicou a presença de carcinoma de células escamosas in situ em duas das lesões.
A dermatologista Paola Pomerantzeff, em entrevista à revista Veja, explicou o diagnóstico. Ela esclareceu que o carcinoma de células escamosas (CEC) é um dos tipos mais comuns e menos agressivos de câncer de pele. A forma in situ significa que as células malignas estão restritas à camada mais superficial da pele, a epiderme, e não se espalharam para camadas mais profundas.
As principais causas desse tipo de câncer são a exposição excessiva ao sol sem proteção. Ele pode se manifestar como lesões avermelhadas, feridas que não cicatrizam, ou “verrugas”.
De acordo com o Dr. Birolini, a retirada das células cancerígenas na biópsia significa que, tecnicamente, o ex-presidente não tem mais câncer. O tratamento foi considerado conclusivo com a remoção das lesões.
O médico afirmou que, em casos como o de Bolsonaro, não há previsão de que as lesões voltem. Não será necessária quimioterapia. O boletim médico, no entanto, recomenda “acompanhamento clínico e reavaliação periódica” do quadro de saúde.
A internação inicial de Bolsonaro, em 16 de setembro, não foi diretamente relacionada ao câncer. Ele deu entrada no hospital com um quadro de vômitos, tontura, queda de pressão e pré-síncope. Ele recebeu alta no dia seguinte.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em 11 de setembro, por sua participação em uma suposta “tentativa de golpe”.
Ele já cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).





