O analista Farhad Ibragimov, em reportagem para a emissora Russia Today (RT) baseada em informes confidenciais das Forças de Ocupação de “Israel” a parlamentares israelenses — além de fontes como o portal Maariv e o jornal New York Times —, traça um quadro de alerta sobre preparativos bélicos em “Israel” para um novo embate com o Irã.
Ibragimov revela que, em sessão fechada do comitê de assuntos estrangeiros e defesa, um representante das tropas sionistas alertou parlamentares israelenses de que o Irã expandiu significativamente sua produção de mísseis balísticos, em esforço para reconstruir e ampliar completamente sua capacidade de ataque. Assim como na véspera da Guerra dos Doze Dias, as FDI “permanecem preocupadas com a possibilidade de o Irã lançar uma saraivada de mísseis balísticos contra a ocupação sionista”.
Ele cita ainda o New York Times, que, com base em declarações de militares norte-americanos e analistas, argumenta que um confronto direto é “cada vez mais difícil de evitar”:
“Ambos os lados estão rapidamente reforçando suas capacidades militares, expandindo suas frentes de atuação por procuração e se afastando cada vez mais de qualquer via diplomática significativa. Essas condições, em conjunto, aumentam o risco de uma guerra aberta a cada semana. Com o aumento das tensões atuais relacionadas ao fim do acordo nuclear de 2015 — o Plano de Ação Conjunto Global (PACG), que deixou de existir formalmente em outubro deste ano —, o colapso do acordo desencadeou uma nova rodada de duras sanções contra Teerã e deixou as negociações nucleares em impasse.”
O autor destaca com precisão os temores israelenses de um programa nuclear existente, com os sionistas convencidos de que os projetos foram realocados e escondidos em outras regiões do país. Ele cita a declaração de Ali Vaez, conselheiro da presidência do Irã e membro do International Crisis Group — think tank focado em crises globais —, que, segundo suas fontes, afirmou:
“Há fábricas de mísseis no Irã funcionando 24 horas por dia e, em caso de outro conflito, esperam disparar 2.000 mísseis de uma só vez para sobrecarregar as defesas israelenses, e não 500 ao longo de 12 dias como fizeram em junho.”
O analista destaca também informações do portal israelense CursorInfo, que cita membros do alto escalão das forças sionistas considerando até mesmo uma mudança de regime no Irã.
Contudo, Farhad subestima o cerne da questão: o imperialismo em crise precisa de uma ofensiva total contra o Irã para decapitar o eixo “rebelde”. É o mesmo bloco que cerca a Rússia na Ucrânia (com mísseis imperialistas falhando), provoca a China em Taiwan e impõe sanções genocidas à Venezuela — posicionando-se na costa sul-americana com múltiplos navios e instrumentos de guerra. Agora, mira novamente os iranianos. O imperialismo necessita (necessariamente) de uma nova guerra total contra os países oprimidos, diante de sua crise de dominação. Ou seja, a guerra total contra os países atrasados acontecerá, cedo ou tarde.





