Faixa de Gaza

‘Israel’ violou cessar-fogo mais de 800 vezes

"Consideramos o Estado ocupante totalmente responsável por todas as violações e por manipular o acordo numa tentativa de sabotá-lo", disse dirigente do Hamas.

Um artigo publicado pela emissora libanesa Al Mayadeen aponta, citando o Gabinete de Imprensa do Hamas, que a ocupação sionista na Faixa de Gaza cometeu mais de 800 violações do cessar-fogo na primeira fase acordado em 10 de outubro. Lideranças do Movimento de Resistência Islâmica afirmam que a situação pode levar a um colapso do acordo na sua segunda fase.

Ghazi Hamad, um membro do Birô Político do Hamas, afirma que as violações israelenses incluíram assassinatos, execuções sumárias, uso de munição real contra civis, bombardeios e assassinatos. Além do mais, as forças de ocupação cruzaram repetidamente a zona tampão designada por grandes distâncias, chegando por vezes a quase dois quilômetros além da chamada linha amarela.

Os relatórios detalhados apresentados pelo Hamas dão conta de que a ocupação israelense cometeram mais de 813 violações desde a data do acordo, uma média de cerca de 25 violações por dia. “Essas violações claras e escandalosas ameaçam o acordo e o colocam em grave perigo”, disse Hamad.

Hamad acrescenta que cerca de 400 palestinos foram mortos desde o início do cessar-fogo, sendo mais de 95% das vítimas civis. De acordo com a liderança da Resistência, os sionistas não apresentaram nenhuma prova ou argumento para justificar as violações. Hamad enfatizou que mesmo sendo um combatente da Resistência, mediante um cessar-fogo, o exército israelense não tem o direito de atacar. 

Já em relação aos feridos, o líder disse que 991 palestinos foram atingidos, dos quais 334 são crianças (33%), 210 são mulheres (22%), 51 são idosos (5%) e 144 são homens civis (39%). Por outro lado, a estatística do ferimento das forças de Resistência não ultrapassa 1%, “o que demonstra claramente que a maioria das vítimas são civis”, declarou.

Outro ponto levantado por Hamad é de que as forças israelenses continuam as demolições diárias, com 145 casas destruídas desde a entrada em vigor do acordo, acrescentando que houve 392 incidentes de bombardeio e ataques durante o mesmo período. Em relação a entrada da ajuda humanitária, Hamad afirmou que continua sendo barrada pelas forças israelenses principalmente em Rafá, incluindo restrições ao fornecimento de combustível e gás. 

Por outro lado, Hamad afirmou que os mediadores confirmaram que o Hamas não cometeu nenhuma violação e cumpriu integralmente o acordo, enquanto as repetidas violações de “Israel” demonstram uma política deliberada adotada em nível governamental.  

“Consideramos o Estado ocupante totalmente responsável por todas as violações e por manipular o acordo numa tentativa de sabotá-lo”, disse Hamad.

A segunda fase do acordo de cessar-fogo em Gaza centra-se em medidas pós-guerra destinadas a reformular a governança, a segurança e o futuro da Faixa de Gaza. Esta fase também descreve a formação de um comitê governamental palestino tecnocrático sob supervisão internacional.

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