Palestina

‘Israel’ vai soltar colonos fascistas que estavam presos

Decisão do Ministro da Defesa tem o objetivo de “fortalecer e encorajar assentamentos na Cisjordânia”

Nesta sexta-feira (17), Israel Katz, o Ministro da Defesa de “Israel”, declarou que irá soltar colonos fascistas que estão presos sob o regime de detenção administrativa. Esse tipo de prisão é, na maior parte dos casos, utilizada contra os palestinos, membros da Resistência ou não, e sob ela os prisioneiros (ao menos os palestinos), não têm sequer direito de acessos a supostas provas contra eles.

Apesar de ser utilizada majoritariamente contra palestinos, a entidade sionista já a utilizou contra colonos fascistas, os elementos mais extremos da política sionista. Durante o termo do ministro anterior, Yoav Gallant, foram emitidas 16 ordens de detenção administrativa contra israelenses, dos quais sete ainda permanecem detidos.

A decisão de Israel Katz de soltá-los vem na esteira de sua decisão anterior, de novembro de 2024, segundo a qual foi proibida a emissão de ordens de prisão administrativa contra os colonos israelenses.

O ministro declarou que a decisão de soltar os colonos fascistas que permanecem detidos tem o objetivo de “transmitir uma mensagem clara de fortalecimento e incentivo aos assentamentos [da Cisjordânia], que estão na vanguarda da luta contra o terrorismo palestino e enfrentam crescentes desafios de segurança“.

A decisão também ocorre pouco depois do anúncio do cessar-fogo em Gaza, que deve resultar na libertação de milhares de palestinos, inclusive de combatentes. Segundo noticiou o Canal 14 de “Israel”, citando fontes, “um número de prisioneiros palestinos cumprindo pena de prisão perpétua serão libertados em Jerusalém e na Cisjordânia

Igualmente, a decisão é tomada em uma conjuntura em que a Resistência é cada vez mais forte na Cisjordânia, e que os ataques das forças de ocupação, milícias dos colonos fascistas e dos agentes de repressão da Autoridade Palestina são cada vez maiores na região, contra combatentes e civis.

O cessar-fogo foi uma vitória para o Hamas e demais organizações da Resistência Palestina contra “Israel”, que sofreu a maior derrota de sua história. A entidade sionsita sequer chegou perto de conseguir derrotar o Hamas, objetivo declarado por Benjamin Netaniahu e outras autoridades israelenses logo após 7 de outubro e várias vezes no decorrer destes 15 meses de guerra. Diante dessa derrota, “Israel” busca vencer a Resistência na Cisjordânia, com objetivo de roubar mais terras dos Palestinos e expandir territorialmente a entidade sionista.

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