O Estado de “Israel” está prestes a mobilizar até 80 mil reservistas enquanto planeja ocupar a maior área urbana da Faixa de Gaza, o passo mais extremo até agora durante sua guerra de genocídio contra o território palestino. Diversos meios de comunicação israelenses relataram o plano nesta terça-feira (19), dizendo que o regime emitiria até 80 mil ordens de convocação de reservistas ainda no decorrer do dia.
Os reservistas devem ser mobilizados um mês antes do previsto. “Israel” decidiu adiantar a implementação do plano para “apoiar os preparativos de assalto”, segundo os veículos.
A medida contraria as próprias declarações de autoridades israelenses sobre os sinais crescentes de fadiga interna entre as tropas, resultado da rápida e constante escalada do genocídio ao longo de quase 22 meses. A escalada já impôs uma brutalidade sem precedentes sobre Gaza, matando mais de 62 mil palestinos, utilizando a fome como arma e causando destruição máxima em toda a extensão da estreita faixa costeira.
Apontando para o envolvimento que já levou o exército ao limite absoluto, apesar do apoio incondicional do imperialismo, as autoridades alertaram que a adesão entre os reservistas pode ser muito menor do que no início da guerra. Uma resposta reduzida, alertaram, poderia arrastar o esquema de ocupação até o próximo ano. O ministro da Defesa de “Israel”, Israel Katz, anunciou na terça-feira que havia aprovado novos planos operacionais junto com o chefe militar Eyal Zamir e os chefes de inteligência.
A estratégia prevê que brigadas regulares cerquem a cidade, forçando seus cerca de um milhão de habitantes a fugir. A guerra tem apresentado inúmeros ataques sumários como esse, que deixaram centenas de milhares de civis sem tempo para escapar a tempo.
Também na terça-feira, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, confirmou que o Hamas havia respondido positivamente a uma nova proposta de cessar-fogo. O Estado sionista, no entanto, afirma que ainda está “analisando” a resposta do Hamas, ao mesmo tempo em que avança com os planos de guerra.
Líderes do Hamas disseram que a demora revelava a verdadeira natureza das intenções do regime. O alto funcionário do Hamas, Bassem Naim, declarou:
“Depois que o movimento apresentou sua resposta, que expressava aprovação dentro do quadro de uma avaliação nacional, agora aguardamos a resposta do inimigo sionista à nova proposta dos mediadores.”
“A reação dos sionistas na terça-feira revelou as intenções sinistras de Netanyahu de prolongar a guerra, perseguir massacres e realizar limpeza étnica.”





