O Movimento de Resistência Palestina (Hamas) condenou veementemente o que descreveu como uma “traiçoeira tentativa de assassinato” por parte da ocupação israelense, mirando em sua delegação de negociação na capital do Catar, Doha.
Em um comunicado oficial, o Hamas afirmou: “a traiçoeira tentativa da ocupação sionista de assassinar a delegação de negociação do Hamas em Doha hoje é um crime hediondo, um ato flagrante de agressão e uma violação gritante de todas as normas e leis internacionais”.
O Hamas enfatizou que o ataque não foi apenas direcionado à sua delegação, mas também constituiu um ataque ao próprio Catar. “Este crime representou uma agressão contra a soberania do Estado do Catar, que, juntamente com a irmã Egito, tem desempenhado um papel importante e responsável na mediação de esforços para interromper a agressão, alcançar um acordo de cessar-fogo e garantir uma troca de prisioneiros”, disse o movimento.
O Hamas confirmou que sua liderança, que era o alvo do ataque, sobreviveu, embora vários membros de sua equipe e da equipe de segurança tenham sido martirizados. O comunicado identificou os mártires como: Jihad Lubad, diretor do escritório do líder sênior do Hamas Khalil al-Hayya, e o filho de al-Hayya, Hammam. Outros três, incluindo Abdullah Abdel Wahed, Moamen Hassouna e Ahmad al-Mamlouk, também foram martirizados, juntamente com o oficial de segurança do Catar, Badr Saad al-Humaidi.
O movimento ligou o ataque diretamente às negociações em andamento:
“Atacar a delegação de negociação, no exato momento em que discutia a última proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, confirma, sem sombra de dúvida, que Netanyahu e seu governo não desejam chegar a nenhum acordo. Eles estão trabalhando deliberadamente para sabotar todas as oportunidades e atrapalhar os esforços internacionais, independentemente do destino de seus prisioneiros, da soberania estatal ou da segurança regional.”
O Hamas também acusou os Estados Unidos de cumplicidade:
“Consideramos o governo dos EUA co-responsável com a ocupação por este crime, dado seu constante apoio à agressão e aos crimes da ocupação contra nosso povo”.
O comunicado declarou ainda que o ataque destacou o perigo mais amplo das políticas da ocupação israelense:
“Este crime prova mais uma vez que a ocupação sionista é uma grave ameaça para a região e o mundo. Netaniahu busca apagar nossa causa nacional e os direitos de nosso povo, empurrando-os para o deslocamento forçado, enquanto continua com seus esquemas criminosos de genocídio, limpeza étnica, fome e expulsão.”
O Hamas pediu que a comunidade internacional aja de forma decisiva:
“Pedimos ao mundo, às Nações Unidas e a todas as forças vivas e consciências livres que condenem esta agressão criminosa contra o Catar, que tomem medidas urgentes para pressionar a ocupação a parar sua guerra de extermínio e limpeza étnica e a defender o direito do povo palestino à liberdade e autodeterminação.”
O grupo prometeu que a tentativa de assassinato não alterará sua postura:
“Esta tentativa covarde não mudará nossas posições ou demandas, que são claras: um cessar imediato da agressão contra nosso povo, a retirada total do exército de ocupação de Gaza, uma troca genuína de prisioneiros, alívio para nosso povo e reconstrução.”
O Hamas concluiu reafirmando seu compromisso com a Resistência:
“Estes crimes terroristas não quebrarão nosso movimento ou liderança, nem nos desviarão de nos agarrar aos direitos nacionais de nosso povo e de continuar o caminho da resistência até que a ocupação seja removida de nossa terra e nosso estado palestino independente, com al-Quds como sua capital, seja estabelecido.”





