O governo de “Israel” anunciou um amplo plano de investimentos no valor de 2,7 bilhões de shekels, cerca de US$837 milhões, destinado a expandir e consolidar colônias na Cisjordânia ocupada nos próximos cinco anos. A iniciativa, apresentada pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, prevê a criação de 17 novas colônias, o fortalecimento de dezenas de assentamentos já existentes e a melhoria de infraestrutura em áreas consideradas estratégicas para o regime sionista.
Segundo o plano divulgado, 1,1 bilhão de shekels serão direcionados para reforçar colônias estabelecidas e criar novas. Desse montante, 660 milhões de shekels serão destinados especificamente às 17 novas colônias aprovadas, enquanto 338 milhões financiarão obras em 36 colônias e postos considerados “em fase de planejamento”. Essas obras incluem construção de redes de água, esgoto e energia, além de edifícios públicos como centros religiosos, escolas e instalações comunitárias.
Outros 300 milhões de shekels serão usados para impulsionar o lançamento dos novos assentamentos, dos quais 160 milhões na forma de subsídio inicial e 140 milhões para planejamento. O projeto prevê ainda a instalação de estruturas temporárias, depósitos de “absorção” com cerca de 20 caravanas para famílias, para acelerar a ocupação e facilitar futura ampliação das colônias.
O governo também pretende destinar 434 milhões de shekels à reabilitação de infraestrutura em colônias já existentes e 300 milhões ao financiamento de conselhos coloniais na Cisjordânia. Há ainda 140 milhões reservados para instalação de bloqueios viários e 150 milhões para medidas de “proteção” de ônibus nos próximos três anos. O ministro da “Segurança”, Israel Katz, deverá complementar esses valores com novos recursos para cercas eletrônicas, câmeras de vigilância e depósitos de equipamentos militares nas áreas ocupadas.
A ofensiva não se limita à construção física. O plano estabelece 225 milhões de shekels para criar uma nova unidade de registro de terras específica para a Cisjordânia, transferindo atribuições da chamada “Administração Civil”. A nova estrutura deverá regularizar cerca de 60 mil dunams até 2030, consolidando direitos de propriedade para cerca de meio milhão de colonos, em um claro movimento de anexação de facto do território palestino.
De acordo com o jornal Yediot Aharonot, a proposta inclui a transferência de três bases militares para o norte da Cisjordânia, entre elas o quartel-general da Brigada Menashe, que passaria a ocupar a antiga colônia de Shanur.





