O Estado de “Israel” realizou uma série de ataques aéreos contra a capital do Iêmen, Saná, tendo como alvos a Companhia de Petróleo do Iêmen e a Estação de Energia de Haziz.
Segundo o correspondente da emissora libanesa Al Mayadeen, “Israel” lançou três bombardeios aéreos no sudeste de Saná neste domingo (24), atingindo um depósito de combustíveis da Companhia de Petróleo do Iêmen na Rua Al-Sitteen. Várias pessoas foram mortas e feridas enquanto abasteciam seus carros.
A Companhia de Petróleo confirmou que a situação estava sob controle e tranquilizou a população. O correspondente destacou ainda que as defesas aéreas iemenitas conseguiram interceptar esquadrões de aviões sionistas, forçando-os a deixar o espaço aéreo. Mais tarde, a Defesa Civil informou que suas equipes conseguiram apagar o incêndio na área.
Novos ataques aéreos também tiveram como alvo a região de al-Asr, a oeste da capital. Além disso, as forças de ocupação voltaram a bombardear a central elétrica de Haziz, no distrito de Sanhan, ao sul de Saná, recém-restaurada após ter sido atingida em outro ataque sionista.
Enquanto isso, o Canal 14 de “Israel”, citando fontes, alegou que o palácio presidencial em Saná teria sido o foco da agressão. Porém, o correspondente da Al Mayadeen lembrou que o local já havia sido bombardeado há anos e está abandonado.
O porta-voz do Ministério da Saúde do Iêmen, Anis al-Asbahi, informou que, em um balanço preliminar, dois civis foram mortos e 35 ficaram feridos nos ataques contra instalações civis e de serviços.
O governo condenou os bombardeios sionistas contra a capital, afirmando que os aviões de guerra atingiram infraestrutura civil vital, como a central de Haziz, responsável por fornecer energia a residências, hospitais e serviços essenciais, provocando destruição e apagões generalizados. O ataque ao posto de combustível foi descrito como uma tentativa de “paralisar a vida cotidiana e criar a ilusão de vitória em meio às colunas de fumaça”.
A declaração classificou os ataques como uma “flagrante violação da soberania do Iêmen” e “mais um crime de guerra no histórico negro de ‘Israel’”. Ressaltou ainda que a ofensiva faz parte da campanha sionista contra o mundo árabe e islâmico, diretamente apoiada pelos Estados Unidos.
O governo alertou que “Israel” e os Estados Unidos são totalmente responsáveis pelas consequências, incluindo mortes, destruição de propriedades e de infraestrutura essencial.
Reafirmou também o apoio firme do Iêmen ao povo palestino, especialmente em Gaza, assegurando que os bombardeios não vão abalar sua posição “legítima e inabalável” em defesa da Palestina.
“Defender a Palestina é um dever religioso, nacional e humanitário — uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada”, disse a nota.
Por fim, o governo ressaltou o direito do Iêmen, como Estado soberano, de defender sua terra e seu povo, e de responder aos ataques sionistas “com todas as medidas necessárias para salvaguardar a segurança nacional”.





