A Divisão de Reabilitação do Ministério de Defesa de “Israel” revelou que recebeu cerca de 20 mil soldados feridos das forças de ocupação de “Israel” nos últimos dois anos como resultado da guerra, alertando para “enormes desafios” na prestação de cuidados e apoio.
De acordo com o relatório, a proporção de terapeutas por feridos é alarmantemente alta, com apenas um terapeuta disponível para cada 750 pacientes, apesar da contratação de cerca de 3 mil novos terapeutas desde o início da guerra. A divisão também alertou para uma crise de confiança iminente nas comissões médicas responsáveis por determinar os graus de deficiência, o que poderia complicar o processo de reconhecimento das lesões.
O relatório observou que 55% dos feridos sofrem de vários traumas psicológicos, incluindo transtorno de estresse pós-traumático, enquanto apenas 48% daqueles com lesões psicológicas retornaram ao trabalho, em comparação com 67% dos que têm lesões físicas. O ministério acrescentou que os tempos de espera para ver um psiquiatra atualmente variam de três a quatro meses.
O Ministério da Segurança estima que o número de soldados oficialmente reconhecidos como deficientes pode chegar a 100 mil até 2028, observando que cerca de 70% dos que recebem tratamento já foram reconhecidos como deficientes, enquanto o restante continua sob análise das comissões médicas.
O jornal The Independent informou na sexta-feira que um número crescente de soldados israelenses e suas mães estão abertamente se revoltando contra o serviço militar em Gaza, desafiando os esforços do governo para sustentar sua mais recente ofensiva.
Embora não haja dados oficiais, novos grupos populares surgiram, pedindo às tropas que recusem ordens apesar do risco de prisão. A crise ocorre no momento em que a ocupação israelense convoca dezenas de milhares de reservistas para sua invasão da Cidade de Gaza, parte do genocídio devastador que ocorre há quase dois anos.
Os protestos se alinham a manifestações mais amplas que acusam o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu de prolongar a guerra para ganho político em vez de fechar um acordo para libertar 48 prisioneiros restantes, 20 dos quais se acredita estarem vivos. Ex-militares alertaram que a operação poderia colocar em risco esses cativos, ao mesmo tempo que atrai críticas globais sobre o agravamento da crise humanitária em Gaza.
Uma rede, a “Soldados por Reféns” (Soldiers for Hostages), afirma representar mais de 360 soldados que não irão se apresentar para o serviço. Outra, a “Salvem Nossas Almas” (Save Our Souls, SOS), afirma falar por quase mil mães que pressionam os líderes a interromper o que elas descrevem como uma guerra desnecessária. Ambos os grupos citam a fadiga, o grande número de baixas e a preocupação de que a continuação dos combates prejudique os esforços para recuperar os cativos.





