Nesta terça-feira (11), o jornal israelense Haaretz noticiou que as forças israelenses de ocupação estão se preparando para continuar ocupando ilegalmente a Síria por um período prolongado.
Conforme o Haaretz, as forças de ocupação receberam ordens do governo de “Israel” para “impedir que as forças sírias se reúnam a 65 quilômetros da fronteira com Israel” em direção à rodovia Damasco-Sueida. O jornal acrescenta que o exército sionista já está construindo novos postos avançados na zona ocupada e tem o objetivo de possibilitar que policiais israelenses patrulhem a área entre 15 e 65 km.
Destaca-se que a área de até 15 km é a parte da Síria que “Israel” chama de “zona de segurança”, onde as forças de ocupação já proíbem a entrada dos militares sírios. Dentro dessa área, há o que “Israel” denomina “zona tampão”, cuja extensão é de 3,1 km a partir da fronteira. Nessa zona, os sionistas sequer permitem a entrada da população síria, salvo aqueles que já residiam lá.
A maioria dos residentes da localidade são drusos, que “Israel” tenta cooptar não apenas contra o restante da Síria, mas também contra a Palestina, o Líbano e outros países da região. Segundo o Haaretz, “o exército israelense também está trabalhando para consertar e melhorar a infraestrutura dessas vilas drusas, incluindo suas linhas de água e acesso a serviços médicos”. O jornal informa ainda que na região ocupada ilegalmente por “Israel” há 40 mil cidadãos sírios, dos quais 25 mil estão nas Colinas do Golã e 15 mil na base do Monte Hermon.
Nesta quarta-feira (12), Israel Katz, ministro da Defesa de “Israel”, esteve no local e declarou que as forças de ocupação “estão preparadas para permanecer na Síria por um período ilimitado” e que transformarão antigos postos do Exército Árabe Sírio em postos de controle sionistas.
Em provocação a Al-Jolani, líder da Al-Qaeda (HTS), e à atual liderança da Síria, que chegou ao poder com o apoio da inteligência israelense, Katz declarou que “todas as manhãs, quando [o líder sírio] Ahmed al-Jolani abrir os olhos no palácio presidencial em Damasco, ele verá os militares israelenses observando-o do pico do Hermon. Ele se lembrará de que estamos aqui, em toda a zona de segurança no sul da Síria, para proteger os moradores do Golã e da Galileia de quaisquer ameaças representadas por ele e seus aliados jihadistas”. Declaração cínica, pois o genocídio na Palestina e mais de um século de opressão sionista contra os palestinos mostram que “Israel” não tem interesse em proteger os drusos, mas apenas em utilizá-los para sua expansão.