Oficiais das forças israelenses de ocupação reconheceram que o país artificial não está pronto para enfrentar novos conflitos sem um reforço orçamentário imediato.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (24) pelo portal israelense Yedioth Ahronoth (Ynet News), segundo o qual os militares alertaram ao Ministério das Finanças sobre a necessidade urgente de novos investimentos na indústria de defesa e na reposição de estoques de munição.
De acordo com a reportagem, o objetivo seria compensar o impacto econômico da prolongada guerra na Palestina, que já dura mais de dois anos e tem exigido gastos militares superiores ao previsto.
Inicialmente, as forças de ocupação tinham planejado um conflito de cerca de um mês, com possibilidade de prorrogação por mais duas semanas. No entanto, a eficiência militar do Hamas e demais organizações da Resistência Palestina, que permitiu ao povo palestino resistir à ocupação por mais de dois anos, e o apoio essencial do Hesbolá, do Ansar Alá e do Irã, que estendeu a frente de combate, levando a entidade sionista a depender de mais de 900 aeronaves de carga e 150 navios de suprimentos — em sua maioria provenientes dos Estados Unidos — para repor equipamentos e munições.
Em setembro, o parlamento israelense (Knesset) aprovou um crédito adicional de 30,8 bilhões de xéqueis (aproximadamente US$9,2 bilhões) destinado às forças de ocupação. A medida elevou o déficit orçamentário para 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB), acima do teto anterior de 4,9%.
Um dos oficiais ouvidos por Ynet News declarou que “precisamos avançar para a fase de fortalecimento das forças, adquirindo sistemas de alta tecnologia, bombas inteligentes e interceptores de defesa aérea”. O militar revelou que o desequilíbrio de custos é significativo, explicando que enquanto um míssil do Eixo da Resistência pode custar cerca de US$400 mil, cada interceptor israelense Arrow 3 custa aproximadamente US$3 milhões e leva meses para ser produzido.
Falando sobre a difícil situação regional para entidade sionista, outro oficial das forças de ocupação afirmou que o Irã está se recuperando aceleradando desde a Guerra de Junho, bem como o cessar-fogo em Gaza permanece instável (as baixas nas forças de ocupação, promovidas pelo Hamas e demais organizações da Resistência, foi o principal fator de crise nas forças de ocupação).
Ele também falou sobre os ataques diários de “israel” ao Líbano, na tentativa fracassada, até o momento, de desarmar e destruir o Hesbolá. Da mesma forma, o militar chamou atenção para o fato de a Turquia manter atenção voltada à Síria, cuja parte do território sul está sendo ocupado pela entidade sionsita, e também o fato de a Cisjordânia viver um clima de tensão crescente, com ações da Resistência Palestina sendo retomadas.
Conforme Ynet News, autoridades militares e de inteligência israelenses afirmaram que não podem divulgar publicamente as necessidades específicas nem as deficiências em equipamentos militares, a fim de evitar a exposição de possíveis vulnerabilidades.





