Um membro do birô político do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) desmentiu relatos de que o grupo estaria pronto para retomar as operações militares em Gaza. Ele passou a acusar “Israel” de fabricar as alegações.
De acordo com relatos anteriores da imprensa, o grupo palestino teria dito aos enviados dos Estados Unidos, Steve Witkoff e Jared Kushner, que o acordo de cessar-fogo em Gaza havia terminado, citando repetidas violações por parte de “Israel”.
“Os relatos de fontes israelenses de que o Hamas informou a Witkoff que o acordo havia terminado são falsos”, disse Izzat Al-Rishq, de acordo com vários meios de comunicação do Oriente Médio.
“Israel está supostamente fabricando pretextos para fugir do acordo e retornar a uma campanha de destruição. É a parte que viola sistematicamente o cessar-fogo diariamente”, alegou o funcionário.
O acordo, assinado em Sharm el-Sheikh por Trump e mediadores do Egito, Catar e Turquia, visa interromper as agressões em Gaza após meses de intensos combates. O acordo de paz exigia que “Israel” se retirasse de partes da Faixa de Gaza e que o Hamas libertasse 20 prisioneiros israelenses em troca de 2.000 prisioneiros palestinos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, anunciou no sábado que as forças de ocupação haviam conduzido ataques em Gaza, matando cinco membros do Hamas. Ele alegou que os ataques foram uma resposta a uma violação da trégua pelo Hamas – uma alegação que o grupo negou.
Em sua declaração mais recente, o Hamas apelou aos mediadores e ao governo dos Estados Unidos para que intervenham e garantam que “Israel” cumpra os termos do acordo.
Pelo menos 342 palestinos foram mortos em ataques israelenses em Gaza desde que o cessar-fogo entrou em vigor, de acordo com autoridades locais.





