Na última quarta-feira (1º), forças da ditadura sionista mataram dois palestinos e detiveram sete em operações na Cisjordânia ocupada, intensificando a repressão em cidades como Jenin, Nablus e al-Khalil. Um jovem foi baleado em Nablus, e um adolescente morreu em Silat al-Harithiya, perto de Jenin, onde a ofensiva militar do enclave imperialista já dura 72 dias. As detenções ocorreram em al-Khalil e no campo de refugiados de Dheisheh, em Beit Lahm, com buscas em casas e interrogatórios em campo, segundo a agência de notícias israelense Wafa.
Em Nablus, tropas invadiram a Cidade Velha e dispararam munição real, matando Hamza Khamash e ferindo outro palestino. Perto do entroncamento de Zawata, mediram uma casa para demolição. Em Jenin, o adolescente Umar Amer Zayud foi morto a tiros na entrada de Silat al-Harithiya. A operação em Jenin, iniciada em janeiro, usa tanques e tratores blindados. Desde então, segundo o Comitê de Comunicação do Campo de Refugiados de Jenin, 36 palestinos morreram, 600 casas foram destruídas e mais de 3.250 unidades habitacionais estão inabitáveis. O prefeito de Jenin, Mohammad Jarrar, declarou que “Israel impôs um bloqueio total a Jenin, uma cidade com 360 mil moradores, e a destruição afetou 600 casas no campo de refugiados, além de toda a infraestrutura”. Ele destacou que 21 mil pessoas foram deslocadas e dezenas de milhares perderam empregos.
Em al-Khalil, sete palestinos foram presos após invasões domiciliares e revistas. Postos de controle militar bloquearam acessos à região. Em Dheisheh, um jovem de 26 anos foi detido, e mais de 20 foram interrogados. A ONU relata que, desde janeiro, 40 mil pessoas foram deslocadas em Jenin e Tulcarém. O país artificial justifica a ofensiva como combate ao terrorismo, mas vídeos e testemunhas mostram casas incendiadas e convertidas em bases militares.