Na última quinta-feira (20), “Israel” realizou uma série de ataques aéreos intensos contra o Líbano, violando o cessar-fogo acordado em novembro de 2024. As ofensivas ocorreram no Vale do Bcca, a leste do país, e na região sul, próximo à fronteira com a Palestina ocupada.
De acordo com informações divulgadas pela emissora libanesa Al Mayadeen, os ataques atingiram os arredores de Shmestar, a oeste da cidade de Baalbek, além das montanhas próximas à cidade de Nabi Sheet, na cordilheira oriental. No sul do Líbano, a ocupação lançou quatro bombardeios intensos nos arredores de Jbaa, na região de Iqlim al-Tuffah.
O cessar-fogo, firmado em 27 de novembro de 2024, encerrou uma guerra iniciada por “Israel” contra o Líbano. No entanto, mesmo após o acordo, a ocupação continua a manter presença militar em cinco localidades no sul do país, desrespeitando os termos pactuados.
Durante a quinta-feira (20), o presidente libanês Joseph Aoun recebeu a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, em Beirute. Na ocasião, Aoun denunciou que a permanência das forças de ocupação israelenses em áreas do sul do Líbano contradiz o acordo estabelecido e inviabiliza a aplicação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que pôs fim à guerra de 2006 entre “Israel” e o Hesbolá, e que fundamentou o cessar-fogo de novembro passado.
Aoun enfatizou que “Israel” recusa todas as propostas libanesas para desocupar as cinco colinas ainda sob seu controle e permitir a substituição das tropas por forças internacionais. A presença militar israelense continua sendo um obstáculo à paz e um atentado à soberania libanesa, enquanto os bombardeios recentes evidenciam a continuidade da política belicista sionista na região.
A violação do cessar-fogo por parte de “Israel” reforça a necessidade de mobilização popular e resistência contra a ocupação e a agressão sionista, que persistem em desafiar o direito à autodeterminação dos povos árabes.