O Gabinete de Imprensa do Governo em Gaza condenou as contínuas, graves e sistemáticas violações pela ocupação israelense do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. De acordo com o escritório, um total de 393 violações documentadas foram registradas até a noite de terça-feira (18), desde que o acordo entrou em vigor. O comunicado relatou que as últimas violações mataram 279 civis, incluindo crianças, mulheres e idosos, além de 652 feridos de vários graus.
O relatório também documentou a detenção arbitrária de 35 palestinos durante invasões e incursões, alertando que essas ações minam o acordo e criam uma realidade mortal que ameaça a estabilidade na Faixa de Gaza.
O Gabinete de Imprensa disse que as violações incluíram:
- 113 incidentes de tiros diretos visando civis, casas, bairros residenciais e abrigos de deslocados;
- 17 incursões de veículos blindados em áreas residenciais e agrícolas, ultrapassando a linha de demarcação amarela temporária;
- 174 ataques terrestres, navais e aéreos;
- 85 demolições de estruturas residenciais e civis, descrevendo os atos como um esforço sistemático para causar destruição mais ampla e punir coletivamente a população.
No comunicado, o gabinete responsabilizou totalmente a ocupação israelense pelas consequências humanitárias e de segurança dessas violações, alertando que a contínua “abordagem agressiva” ameaça descarrilar os esforços internacionais para sustentar a trégua.
O comunicado apelou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos países mediadores, aos garantes do cessar-fogo e ao Conselho de Segurança da ONU para que tomem medidas eficazes para deter os ataques e obrigar a ocupação a cumprir o acordo e seu protocolo humanitário. O gabinete concluiu que a persistência dessas violações põe em perigo as perspectivas de estabilidade e reforça que apenas uma pressão internacional firme pode obrigar a ocupação a respeitar o direito internacional e as resoluções da ONU.





