Palestina ocupada

‘Israel’ invade Cisjordânia com tanques pela 1ª vez em 20 anos

Tanques israelenses entram na Cisjordânia por ordem do regime sionista e matam civis

A situação na Cisjordânia atingiu um novo patamar de violência e opressão com a decisão de “Israel” de expandir seu controle militar no território palestino ocupado. Pela primeira vez em mais de 20 anos, tanques israelenses foram enviados para a região, marcando uma escalada na repressão contra a população palestina. A medida, anunciada pelo ministro da Defesa de “Israel”, Israel Katz, prevê uma ocupação militar prolongada, com o objetivo declarado de “combater o terrorismo”, mas que, na prática, significa a destruição de comunidades inteiras e o deslocamento forçado de milhares de civis. Desde o início de fevereiro, as forças israelenses têm conduzido uma ofensiva brutal em campos de refugiados como Jenin, Tulkarem e Nur Shams, no norte da Cisjordânia.

A decisão de enviar tanques para Jenin, uma cidade historicamente símbolo da resistência palestina, representa uma mudança na estratégia militar de “Israel” com a Cisjordânia. Desde o fim da Segunda Intifada, em 2005, não se via uma presença tão massiva de blindados no território. As forças israelenses têm demolido casas, ruas e edifícios inteiros, alegando que essas estruturas são usadas por militantes palestinos. No entanto, testemunhas e organizações de direitos humanos denunciam que a ação militar tem como alvo principal a população civil, com o objetivo de desmoralizar e fragmentar a resistência popular. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em visita às tropas na Cisjordânia, ordenou a intensificação das operações, afirmando que o exército está “arrasando ruas inteiras” e “eliminando terroristas”. No entanto, as ações israelenses têm sido divulgadas em sua realidade por diversos canais árabes, sobretudo no Telegram, com imagens e vídeos da destruição da infraestrutura palestina. A demolição de casas e o deslocamento forçado de milhares de palestinos configuram, segundo qualquer legalista amador, crimes de guerra.

Além da violência militar, o governo de “Israel” ordenou a suspensão das atividades da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) nos campos de refugiados da Cisjordânia. A medida, que impede o fornecimento de alimentos, água e assistência médica, agrava ainda mais a crise humanitária na região. Milhares de famílias deslocadas estão agora sem acesso a serviços básicos, em meio a um cenário de destruição e medo. A suspensão da ajuda humanitária é vista como uma tentativa de pressionar ainda mais a população palestina, fragilizando sua capacidade de resistência e sobrevivência. Com essa medida, o resultado será o aumento da fome, doenças e desespero entre os civis.

Até Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente capacho dos imperialistas Mahmoud Abbas, classificou a ação como uma “perigosa escalada israelense que não levará à estabilidade ou à calma”. Ele alertou para as consequências devastadoras da ocupação prolongada e da violência sistemática contra a população civil. A resistência palestina, no entanto, continua firme. Movimentos como o Hamas e a Jihad Islâmica têm denunciado as ações israelenses e reafirmado o direito do povo palestino à autodeterminação e à luta contra a ocupação. Em comunicado, o Hamas condenou a decisão de “Israel” de adiar a libertação de prisioneiros palestinos, prevista em um acordo de cessar-fogo, e acusou Netanyahu de sabotar os esforços de paz. O Hamas e outros grupos de resistência são o eixo fundamental da luta de todos os povos oprimidos contra a opressão imperialista e colonial, representando não apenas a defesa dos direitos palestinos, mas também um exemplo de resistência para todos aqueles que enfrentam a violência e a exploração em outras partes do mundo.

A “comunidade internacional”, mais uma vez, mostra-se, no melhor dos cenários, incapaz de frear a violência de “Israel”, quando não cúmplice do genocídio provocado pelo enclave imperialista no Oriente Médio com armas dos Estados Unidos e da União Europeia. Enquanto o imperialismo e seus aliados continuam a fornecer apoio político e militar ao regime sionista, a população palestina é deixada à própria sorte. A inação da ONU diante dos crimes de guerra cometidos por “Israel” é uma demonstração clara da hipocrisia e da seletividade que caracterizam a política internacional. A luta do povo palestino por justiça e liberdade deve ser apoiada por todos aqueles que defendem os direitos humanos e a dignidade humana, sem nem se falar daqueles que defendem a luta anti-imperialista. A resistência palestina segue viva e forte, representando um farol de esperança para todos os povos que lutam contra a opressão e a injustiça.

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