Nesta quarta-feira (2), aeronaves israelenses atacaram a capital da Síria, Damasco, e na província central de Hama. As informações foram apresentadas pela Agência de Notícias Árabe Síria (SANA). Os bombardeios tiveram como alvo as proximidades do centro de pesquisa científica no bairro de Barzeh, na capital, bem como o aeroporto na cidade síria de Hama.
Na quinta-feira (3), o exército israelense realizou mais ataques na cidade de Naqoura, no sul do Líbano, incluindo um ataque a uma casa no centro da cidade e um segundo nos arredores da cidade, de acordo com a Agência Nacional de Notícias do Líbano.
Os militares israelenses confirmaram os ataques em um comunicado, dizendo que atingiram o que chamaram de “capacidades militares” nas bases militares sírias na cidade de Hama e no aeroporto militar T4 de Homs, juntamente com supostos locais de infraestrutura militar em Damasco.
De acordo com a emissora catariana Al Jazeera nos dias após a derrubada de Bashar al-Assad em 8 de dezembro, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR) – um monitor de guerra sediado no Reino Unido – relatou ataques israelenses visando o centro de pesquisa em Barzeh. Israel alegou que o centro foi usado para desenvolver mísseis guiados e armas químicas.
Segundo o SOHR, os militares israelenses realizaram mais de 500 ataques aéreos contra alvos na Síria entre 8 e 31 de dezembro de 2024, e realizaram pelo menos 43 ataques até agora neste ano. No mês passado, “Israel” disse que atacou a base militar T4 duas vezes, visando capacidades militares no local.
Aparentemente com os ataques e incursões do exercito sionista na Síria em várias regiões do país fica claro que objetivo do governo israelense é transformar a Síria em uma nova Palestina. Usar do seu poderio militar, apoio do governo norte americano e de uma forma geral do imperialismo para ocupar, se não toda a Síria locais estratégicos.
Leia a declaração dos movimentos de resistência da Palestina sobre os últimos ataques sionistas contra a Síria.
Declaração de imprensa emitida pelo Movimento de Resistência Islâmica Hamas:
“O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) condena nos termos mais veementes a agressão sionista contínua contra os territórios da República Árabe Síria, que se intensificou nas últimas horas através de bombardeios aéreos que visaram áreas nas periferias de Damasco, Daraa, Hama e Homs, além da invasão de tanques de ocupação na periferia de Daraa, resultando na morte de dez mártires da cidade de Nawa, na província de Daraa, devido ao bombardeio da aviação sionista na floresta de Al-Jubailiya, a oeste da cidade, em um novo crime que se soma ao histórico de agressão e criminalidade do ocupante.Nós, do Hamas, elogiamos a posição heroica dos habitantes de Daraa, que resistiram bravamente à invasão das forças de ocupação, provando mais uma vez a vontade dos povos livres em resistir à ocupação e rejeitar a dominação e a agressão. Também afirmamos que essa escalada sionista ocorre no contexto da política de arrogância e prepotência adotada pelo governo do terrorista Netanyahu, representando uma extensão de sua agressão fascista contra nosso povo palestino, na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém, onde continua a guerra de extermínio, cerco, fome e deslocamento.
Nesse contexto, condenamos veementemente a agressão americana contínua contra a República do Iémen, que serve como cobertura para a agressão sionista e é uma nova manifestação da prepotência americana que visa os povos da nação e sua estabilidade.
Nós, do Hamas, chamamos à união dos esforços nacionais, pan-árabes e islâmicos, e à unificação das posições na luta contra a ocupação e seus planos agressivos, resistindo por todos os meios até que ela desapareça de nossa terra e de nossos lugares sagrados.”
Movimento dos Mujahidins Palestinos:
– Condenamos veementemente a agressão sionista brutal contra a Síria, onde os bombardeios traiçoeiros continuam em várias áreas, incluindo a capital Damasco, além da ocupação de outras áreas, aproveitando-se das arrumações internas sírias.
– Essa agressão contínua é uma extensão da guerra sionista-americana aberta contra nossa nação, que visa seus recursos e sua entidade.
– Saudamos os combatentes do povo sírio irmão em Daraa, que resistiram bravamente às forças do criminoso sionista, e afirmamos que o inimigo sionista não será contido em sua agressão e em seus planos expansionistas, exceto pela resistência e pela confrontação.
– Chamamos a nação a unir suas fileiras e se unificar na luta contra seu principal inimigo, o ente sionista nazista e seus aliados, assim como pedimos aos países árabes e islâmicos que tomem uma posição séria contra a prepotência e a contínua agressão sionista.
