O exército de ocupação israelense anunciou o lançamento de extensas manobras militares na noite de domingo (9) em toda a Cisjordânia e no Vale do Jordão Palestino, perto da fronteira com a Jordânia. Os exercícios devem continuar por três dias.
Em um comunicado oficial, o exército de ocupação confirmou que os exercícios envolverão a movimentação intensiva de forças e veículos militares por todas as áreas operacionais designadas.
A imprensa israelense noticiou que as manobras se destinam a simular uma série de cenários, com foco particular em “proporcionar proteção aos assentamentos israelenses e lidar com qualquer ataque que possa visá-los”.
Os exercícios militares contribuirão para o aumento da atividade em áreas que fazem fronteira com a Jordânia, particularmente no Vale do Jordão Palestino, e fazem parte dos esforços contínuos da ocupação para reforçar a sua ocupação militar da Cisjordânia e áreas circundantes sob o pretexto de “segurança”.
Em meio às escaladas militares, no domingo, as forças de ocupação israelenses mataram um jovem palestino durante uma incursão ao campo de refugiados de al-Fara’a, no noroeste da Cisjordânia ocupada, enquanto o cessar-fogo em Gaza – que “Israel” tem violado repetidamente – traz pouco alívio aos palestinos em todos os territórios ocupados.
De acordo com a agência de notícias oficial palestina WAFA, Abdel Rahman Darawsha, de 26 anos, sucumbiu a ferimentos críticos sofridos após ser baleado por tropas israelenses que invadiram o campo de refugiados ao sul de Tubas e abriram fogo.
Testemunhas oculares disseram que as forças israelenses posicionaram unidades de infantaria na entrada do campo e atiraram diretamente contra os residentes. Darawsha foi evacuado por uma ambulância da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) para o Hospital Governamental de Tubas, onde foi posteriormente declarado morto.
Em uma nota relacionada, o Ministro da Segurança israelense, Israel Katz, declarou a área fronteiriça com o Egito uma zona militar fechada, citando o que descreveu como ameaças crescentes à segurança. A declaração, noticiada pela imprensa local em 6 de novembro, seguiu-se a discussões internas entre altos funcionários israelenses.
“Estamos declarando guerra. Qualquer pessoa que entrar na área restrita será atingida”, disse Katz durante uma reunião realizada na noite de quarta-feira (5), conforme citado pela emissora pública israelense KAN.
De acordo com a Rádio do Exército israelense, o ministro da segurança da ocupação chegou a um acordo com o chefe do Shin Bet, David Zinni, para classificar alegadas “tentativas de contrabando de armas” através da fronteira com o Egito como uma “ameaça terrorista”. A designação permite que os serviços de segurança israelenses apliquem o que as autoridades se referiram como “ferramentas apropriadas” em resposta.





