Oriente Médio

‘Israel’ indica que quebrará acordo e manterá ocupação do Líbano

Israelenses como Gabi Naaman defendem a criação de uma "zona de segurança" dentro do Líbano, o que, na prática, significa a continuação da ocupação

A ditadura sionista segue desrespeitando o acordo de cessar-fogo firmado com o Líbano, indicando que a retirada de suas forças do sul do Líbano, que deve ser cumprida até o dia 26 de janeiro, está longe de terminar. O regime de Netaniahu, alegando uma suposta lentidão do exército libanês em assumir o controle da região, tenta justificar sua pretensão de prolongar a ocupação. Declarações do governo israelense e suas ações no território libanês reforçam que o compromisso assumido nunca passou de uma farsa para ganhar tempo.

Nos últimos dias, os ataques da ocupação israelense intensificaram-se em diversas cidades do sul do Líbano, como Aitaroun, Qantara e Rab Thalathin. Casas foram demolidas, uma mesquita foi danificada e explosões foram registradas, causando ainda mais sofrimento à população local. Enquanto isso, autoridades israelenses, como o porta-voz David Mencer, admitem que as condições do acordo não foram completamente implementadas, transferindo a culpa ao exército libanês e à ONU, que, segundo eles, não teriam agido com a “rapidez necessária”.

Segundo relatos da imprensa israelense, o governo de Netaniahu busca apoio internacional, particularmente dos Estados Unidos, para estender a presença militar no Líbano.

Hesbolá exige cumprimento total do acordo

O Hesbolá, em comunicado oficial, denunciou veementemente as violações do cessar-fogo e alertou que qualquer tentativa de prolongar a ocupação será considerada inaceitável e um flagrante desrespeito à soberania libanesa. A organização reiterou que a retirada completa das tropas israelenses é imprescindível e que o deslocamento do exército libanês para o sul deve ser acelerado.

A resistência libanesa também alertou as autoridades políticas do Líbano para pressionarem os mediadores do acordo, França e EUA, garantindo sua aplicação sem concessões. “Qualquer brecha no acordo será vista como uma provocação e enfrentada com todos os meios possíveis”, declarou o grupo.

Além disso, a destruição deixada pela ocupação israelense dificulta o retorno da população às suas vilas, tornando impossível a reconstrução das áreas devastadas sem recursos significativos. O prefeito de Naqoura, Abbas Awada, descreveu sua cidade como um “campo de desastre”, com necessidade urgente de investimentos que estão fora do alcance do país, já afetado por uma crise econômica prolongada.

Temor em “Israel”

A hesitação em cumprir o acordo também revela o temor do regime sionista em lidar com o fortalecimento do Hesbolá. Analistas israelenses, como Jack Neria, alertam para o risco de o prolongamento da ocupação levar a um cenário semelhante ao enfrentado entre 1982 e 2000, quando a resistência libanesa infligiu sucessivas derrotas à ocupação militar israelense.

Líderes regionais sionistas, como Gabi Naaman, defendem a criação de uma “zona de segurança” dentro do Líbano, o que, na prática, significa a continuação da ocupação. Essa estratégia, segundo o Hesbolá, é apenas uma tentativa de encobrir a incapacidade do regime de enfrentar a resistência diretamente, utilizando a desculpa de “garantir segurança” para justificar novos crimes.

‘Israel’ está entrando em colapso

A insistência em violar o acordo demonstra que “Israel” não consegue lidar com o avanço do Hesbolá e a pressão das forças do Eixo da Resistência. A retirada de tropas do sul do Líbano não é apenas uma obrigação estipulada no cessar-fogo; é uma derrota iminente para um regime que já provou ser incapaz de sustentar um confronto prolongado.

Embora a conjuntura atual ainda permita manobras políticas e militares para adiar o inevitável, sem um evento extraordinário que altere radicalmente a situação, o fim da ocupação no Líbano parece ser apenas uma questão de tempo. O Hesbolá continua a mostrar que a verdadeira soberania libanesa só será garantida com a completa expulsão das forças israelenses e a reconstrução do país por meio da resistência.

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