A organização Médicos pelos Direitos Humanos – “Israel” (PHR-I) relatou que o exército israelense está impedindo o Dr. Hussam Abu Safia, diretor do Hospital Camal Aduan, de se encontrar com um advogado para avaliar sua condição e as circunstâncias de sua detenção.
“Apesar de nossos pedidos urgentes para enviar um advogado, o exército afirma que ele está proibido de receber visitas de advogados até 10/01/2025“, declarou o PHR-I, acrescentando que as forças de ocupação israelenses continuam a reter informações sobre o paradeiro do Dr. Abu Safia, apesar de terem renunciado a alegações anteriores de que ele não está detido em “Israel”.
O PHR-I enfatizou ainda que os profissionais de saúde são protegidos pelo direito humanitário internacional por um propósito claro. Em uma publicação na plataforma X, a organização destacou que atacar trabalhadores da saúde equivale a atacar toda uma sociedade, incluindo civis que necessitam de cuidados médicos, pessoas com doenças crônicas e aqueles com ferimentos.
A organização também chamou a atenção para a grave crise de saúde em Gaza, afirmando que seus dados mostram mais de 20.000 pessoas aguardando evacuações médicas urgentes devido ao colapso do sistema de saúde em Gaza, além da incapacidade dos profissionais de saúde de atender suas comunidades.
“Mais de 1.000 profissionais de saúde foram mortos, 230 foram presos, 130 ainda estão detidos em instalações de encarceramento israelenses. Mais de 70 pessoas já morreram nessas instalações. Apenas para comparação, nove pessoas morreram em Guantánamo em 22 anos de operação. Aqui temos mais de 70 mortes em apenas alguns meses”, acrescentou o PHR-I.