Palestina

‘Israel’ impede entrada de comida há 40 dias

Ministro das Finanças sionista declarou que “nem mesmo um grão de trigo entrará em Gaza"

Nesta quinta-feira (10), completam-se quarenta dias desde que “Israel” vem bloqueando completamente a entrada de comida e ajuda humanitária em geral à Faixa de Gaza.

Na segunda-feira (7), os chefes de seis agências da ONU, entre as quais o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP), publicaram a seguinte declaração:

“Mais de 2,1 milhões de pessoas estão presas, bombardeadas e famintas novamente, enquanto, nos pontos de passagem, alimentos, remédios, combustível e suprimentos para abrigo estão se acumulando. Estamos testemunhando atos de guerra em Gaza que demonstram um total desrespeito pela vida humana… Apelamos aos líderes mundiais para que ajam – com firmeza, urgência e decisão – para garantir que os princípios básicos do direito internacional humanitário sejam respeitados.”

Durante a maior parte do recente cessar-fogo, “Israel” violou o acordo sistematicamente, impedindo a entrada em Gaza da maior parte dos caminhões de comida e ajuda humanitária em geral.

Contudo, o genocídio foi intensificado em 02 de março, quando a entidade sionista bloqueou completamente a entrada de ajuda humanitária. No dia 18 de março, “Israel” rompeu completamente, e de forma unilateral, o cessar-fogo e retomou a guerra genocida contra Gaza. Desde então, mais de 1.400 palestinos foram assassinados, dos quais mais de 300 eram crianças. Pelo menos 3.400 foram feridos pelos bombardeios.

Sobre o bloqueio, o sionista genocida Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de “Israel”, declarou na segunda-feira (7) que “nem mesmo um grão de trigo entrará em Gaza”.

Em que pese o número oficial de palestinos assassinados por “Israel” seja de mais de 50 mil, estima-se que o número total de mortos, incluindo mortes não decorrentes de ataques militares (fome, doenças, etc.), seja de pelo menos 186 mil, conforme estudo publicado na revista médica britânica The Lancet, em julho de 2024. Quando o estudo foi feito, o número oficial de mortos era de 37.396.

De forma que, com a atual política de bloqueio total, simultânea a novos bombardeios, o número total de palestinos assassinados por “Israel” pode ter ultrapassado 10% da população de Gaza (mais de 200 mil pessoas).

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