Neste domingo (09), as forças israelenses de ocupação realizaram novos bombardeios contra instalações militares que costumavam pertencer ao Exército Árabe Sírio (as forças armadas sob o governo de Bashar al-Assad, derrubado por golpe imperialista).
Conforme noticiado pela emissora libanesa Al Mayadeen, citando fontes sírias, “as forças destruíram os restos de duas companhias de morteiros e mísseis antitanque pertencentes ao antigo exército sírio, perto da colina estratégica de Ain al-Nouriya“, vila ao nordeste da cidade de Quneitra, em direção à Damasco, capital.
No dia anterior, sábado (08), bombardeio também foi realizado contra instalação militar nas proximidades da cidade Inkhil, na zona rural do norte da província de Deraa, sul do país.
As ações contra a infraestrutura militar do país se intensificaram e assumiram um caráter sistemático de desmilitarização da Síria logo após o golpe imperialista que derrubou o governo nacionalista de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024.
Paralelamente a tais ações, “Israel” passou a ocupar parte do território sírio, ocupação que continua se expandindo. Conforme noticiado pelo portal de notícias Al Mayadeen, os bombardeios realizados no domingo foram seguidos de avanços contra a vila de Ain al-Nouriya, já citada. Segundo informações de fonte sírias, “As forças de ocupação ficaram estacionadas por horas em uma estrada vital que liga a zona rural de Quneitra à zona rural de Damasco na direção de Khan Arnabeh – Harfa, o que causou um estado de pânico entre os moradores, especialmente com a expansão das incursões e o aumento das patrulhas israelenses na zona rural de Quneitra e no Monte Hermon”.
O governo israelense declarou que pretende manter uma presença indefinida na Síria, e assentamentos militares permanentes já estão sendo estabelecidos em em várias aldeias no sul da Síria, incluindo Jabata al-Khashab, em Quneitra, conforme noticiado no início deste mês pelo Washington Post, jornal do imperialismo norte-americano.
O Hayat Tahrir al-Sham (HTS), milícia pró-imperialista que tomou o poder na Síria, permanece sem realizar qualquer oposição prática à invasão sionista, enquanto que o governo continua manifestando antagonismo contra o Irã e o Hesbolá, e seus mercenários realizando massacres contra xiitas e alauitas em vilas e cidades no oeste do país.