Oriente Médio

‘Israel’ expande genocídio para Jenin e Tulcarém

A retomada do avanço sionista tem sido marcada pela violência e repressão contra os palestinos e pela destruição completa da região.

O Comitê de Mídia no Campo de Jenin, através do portal de notícias do The Cradle, trouxe as últimas notícias do genocídio sionista contra o povo palestino na região que pertence à Cisjordânia.

Ao todo, são 38 mártires no campo de refugiados de Jenin, desde o dia 20 de janeiro deste ano, quando foi celebrado o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza entre “Israel” e o Hamas, e que recentemente foi rompido de forma violenta pelos sionistas que retomaram os ataques na região. No total, são 75 dias de ofensiva israelense em Jenin.

O comitê destaca a morte do pai e do irmão de Sultan Khlouf, ex-prisioneiro do regime sionista. Os assassinatos são apontados como a forma do sionismo de pressionar que Khlouf se entregue.

A violência sionista em Jenin não se resume apenas a forma como eles agridem e assassinam os palestinos, se expressa também em casos como nos bairros de Al-Dabbous e Dabbat al-Atari em que os soldados israelenses invadiram casas dos civis e hastearam a bandeira do estado de “Israel” no telhado de uma das casas, mostrando a covardia de tentarem se apresentar como “donos” da região.

Em Al-Ghabz no bairro de Al-Zahraa e na região de Wadi Burqin o avanço da infantaria israelense resultou na mudança completa da área, ao passo que o exército continua escavações e alargamento de estradas e destruindo casas, demonstrando a sua conduta covarde.

Os números que dão dimensão da ofensiva sionista se traduzem em: destruição 600 casas no Campo de Jenin e outras 3250 que ficaram inabitáveis. A crise humanitária atinge aproximadamente os 21 mil palestinos que estão no campo de Jenin, que vivem no meio do cerco de “Israel” e no centro de sua ofensiva.

O comitê também denuncia a conduta em da Autoridade Palestina, que a sua conduta, em Jenin, tem sido de aproximação com a ocupação sionista para facilitar a ofensiva e o genocídio. A Autoridade Palestina, através de suas forças de segurança, prende dezenas de palestinos residentes na região, como os estudantes da Universidade de Najah Ahmad Abdul Salam Obeid, o jovem Hossam Azouqa e Qusai Amour, que está em estado crítico de saúde. A Autoridade Palestina também tem atuado de conjunto com “Israel” não apenas nas prisões, mas também nos assassinatos. Dos 38 mártires, dois foram mortos pelo próprio governo local.

Em Tulcarém, a situação é semelhante a Jenin. Na região, foi imposto um grande controle autoritário pelo regime sionista e a continuidade da ofensiva militar que continua há pelo menos 64 dias, marcado pelas prisões arbitrárias e os assassinatos dos palestinos. Ao todo, foram 13 palestinos martirizados no campo de Tulcarém, incluindo uma criança e duas mulheres, sendo uma delas uma grávida de 8 meses.

A principal marca do controle sionista na região tem sido o aumento do policiamento e das forças de segurança. No subúrbio de Dhanaba, houve a prisão de cinco jovens por um posto de controle móvel em que dois deles foram libertados no dia começo do dia seguinte, mas com diversos sinais de espancamento. Em outros lugares, perseguiram até mesmo crianças que estavam brincando nas ruas e tomaram os seus brinquedos.

Assim como em Jenin, o sionismo também tem avança sobre as residências dos palestinos em Tulcarém. No Campo de Nour Shams, após residências terem sido incendiadas pelo sionismo, uma cortina de fumaça foi levantada, provocando uma grande e perigosa poluição no ar da região. Em Manshiya foram usadas escavadeiras para destruir as residências.

Ao todo, são 4000 palestinos que foram forçados a sair Campos de Tulcarém e Nour Shams, junto com dezenas de famílias do bairro norte da cidade após terem suas casas confiscadas e transformadas em bases militares. Em Tulcarém, são 396 casas destruídas pelo regime sionista e outras 2573 que foram atingidas e estão parcialmente destruídas.

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