Nesta terça-feira (8), como parte 53ª Universidade de Férias, foi realizado o debate “judaísmo, sionismo e a ruptura com ‘Israel’”. Promovido pelo Partido da Causa Operária (PCO) e pelo Instituto Brasil-Palestina (IBRASPAL), e realizado no Sindicato dos Metalúrgicos em Sorocaba, o partido contou com a presença de Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, Ahmed Shehada, presidente da IBRASPAL e Yisroel David Weiss, rabino antissionista.
Tanto ele como Ahmed Shehada explicaram que a doutrina religiosa dos judeus os proíbe de criar uma pátria judaica, e ainda menos se utilizando de violência para esse fim.
Weiss explicou que eles foram expressamente proibidos de retornar em grandes números para a Terra Santa (a Palestina), pois seu exílio dela foi decretado por Deus. Eles só poderiam voltar com a permissão de Deus.
Com base nestes e em outros aspectos do judaísmo, Yisroel Weiss denuncia que os sionistas “criaram seus próprios rabinos”, o que é uma forma de sustentar a farsa de que “Israel” realmente seria um Estado representante dos judeus.
A respeito disto, Ahmed Shehada citou frases de inúmeros rabinos sionistas, expondo como estes supostos líderes religiosos do judaísmo, mas que foram fabricados por “Israel”, contradizem a doutrina religiosa judaica. Seguem as citações abaixo:
Declarações Extremistas de Rabinos Sionistas
Yitzhak Shapira (Autor do livro Torat HaMelech)
“É permitido matar crianças não judias porque crescerão para nos prejudicar.”
Dov Lior (rabino de Kiryat Arba)
“Em guerra, não há inocentes entre o inimigo.”
Shmuel Eliyahu (Safed)
“Proibido alugar casas para árabes. Gaza deve ser destruída como nos dias de Josué.”
Ovadia Yosef (ex-rabino-chefe)
“Os árabes são cobras. Que Deus os extermine.”
Avinoam Shor (rabino do exército israelense)
“Relações com mulheres inimigas são permitidas em tempos de guerra.”
Meir Kahane (fundador da Kach)
“Árabes são um câncer que deve ser removido.”
Eliyahu Malka (rabino de Yafo)
“Os árabes são hóspedes indesejados. Precisamos expulsá-los e restaurar a cidade judaica.”
Yosef Elitzur (coautor de Torat HaMelech)
“Todo palestino pode representar uma ameaça. Melhor matá-los antes.”
Rabino Eliyahu Mali – Diretor da yeshivá “Shirat Moshe” em Jafa
Em março de 2024, durante uma palestra diante de seus alunos que servem no exército israelense, ele disse, dentre outras coisas, o seguinte:
“A regra religiosa fundamental na nossa guerra sagrada, no caso de Gaza, é: ‘Não deixar viva nenhuma alma’. Se você não os matar, eles o matarão.”
“As crianças de Gaza são filhos da guerra anterior que deixamos vivos; as mulheres produzem terroristas.”
“Isso significa: não há diferença entre o combatente de hoje (16 a 30 anos) e as crianças, mulheres e elementos da próxima geração — ou é a nossa vida, ou a deles.”
“Não se deve deixar nenhuma alma viva em Gaza. Mulheres, crianças, idosos… todos são alvos legítimos.”
