Nesta quarta-feira (2) o primeiro-ministro de “Israel”, Benjamin Netaniahu, anunciou que deu ordem às forças israelenses de ocupação para expandirem a ocupação da Faixa de Gaza.
Segundo o primeiro-ministro, o objetivo imediato é criar um novo Corredor Filadélfia, fazendo referência à faixa de terra no sul de Gaza controlada por “Israel”, através da qual a entidade sionista controla a fronteira do enclave com o Egito.
Chamada por Netaniahu de Eixo Morag, a nova faixa de terra que “Israel” pretende ocupar também vai dos territórios ocupados pela entidade sionista até o Mar Mediterrâneo, cortando o território de Gaza. Essas terras visadas pelos sionistas localizam-se entre as cidades de Khan Younis e Rafá (esta, na fronteira com o Egito).
Caso o plano genocida de “Israel” dê certo, irá separar ambas as cidades, isolando Rafá do resto de Gaza. Além disto, dividirá o território do enclave em três, tendo em vista que que os israelenses já ocupam o Corredor Netzarim (que separa o Norte do Sul).
“Estamos cortando a faixa agora, e aumentando a pressão passo a passo… então eles nos darão nossos reféns. Quanto mais eles se recusarem a entregá-los, mais a pressão aumentará até que eles o façam”, declarou Netaniahu.
Destaca-se que, na segunda-feira (31), as forças israelenses de ocupação, em declaração oficial, afirmou que expandirá sua guerra genocida visando ocupar 25% do território de Gaza.
A nova ofensiva das forças de ocupação ocorre na conjuntura da retomada da guerra genocida contra os palestinos de Gaza. Ela foi retomada por “Israel” em 18 de março, e já resultou no assassinato de mais de mil palestinos, deixando milhares de mutilados.
Igualmente, ocorre após repetidas declarações de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, de que predente expulsar os palestinos de Gaza. Em fevereiro, durante coletiva de imprensa com o mandatário norte-americano, Netaniahu afirmou que ele “veio com uma visão completamente diferente e muito melhor para Israel” e que “está muito determinado a implementá-la”, tendo afirmado também: “acredito que ela abre muitas, muitas possibilidades para nós”.
Na última quinta-feira (3), ao anunciar a nova ofensiva, o primeiro-ministro israelense disse que “implementaremos o Plano Trump, o plano de migração voluntária. Esta é a nossa estratégia, e estamos prontos para discuti-la a qualquer momento”.
