Genocídio na Palestina

‘Israel’ demole único hospital para tratamento de câncer em Gaza

Vídeo mostra explosão do complexo médico e, ao fundo, é possível ouvir um soldado sionista se divertindo com a miséria do povo palestino

O exército israelense demoliu na última sexta-feira o Hospital de Amizade Turco-Palestina, localizado na Faixa de Gaza. A unidade, inaugurada em 2017, era o único hospital especializado no tratamento de câncer na região e já havia sido alvo de bombardeios anteriores, sendo posteriormente convertido em uma base militar pelas forças de ocupação.

A destruição do hospital ocorreu no contexto da intensificação dos ataques israelenses contra Gaza, que já resultaram na morte de centenas de pessoas e milhares de feridos. A demolição da única instalação dedicada ao tratamento de câncer em Gaza foi denunciada como crime de guerra por diversos comentaristas e organizações em redes sociais, que destacam o impacto severo sobre o acesso à saúde dos palestinos.

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) classificou a ação como um “ato sádico” e acusou o governo dos Estados Unidos de dar aval para a continuação da ofensiva militar contra os palestinos. Em comunicado, o Hamas pediu que o Tribunal Internacional de Justiça e o Tribunal Penal Internacional responsabilizem “Israel” e seus líderes por crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza.

Confira a nota do Hamas na íntegra:

“Em nome de Deus, o mais gracioso, o mais misericordioso

Comunicado de imprensa

O completo desmantelamento pelo exército criminoso da ocupação sionista do Hospital de Amizade Turca, na região central da Faixa de Gaza, hoje, é um ato sádico que reflete a barbárie desse ocupante, que persiste em seus atos genocidas contra o nosso povo palestino.

A destruição do hospital, o único em Gaza dedicado ao tratamento de pacientes com câncer, ocorre após a administração dos Estados Unidos dar ao ocupante criminoso um sinal verde para continuar sua guerra de extermínio contra o povo palestino, em total desrespeito ao direito internacional.

Apelamos ao Tribunal Internacional de Justiça, ao Tribunal Penal Internacional e a todos os tribunais competentes que tomem medidas legais contra essa entidade criminosa e seus líderes, pelos crimes bárbaros e vergonhosos cometidos e que continuam a ser perpetrados contra o nosso povo na Faixa de Gaza.

Movimento de Resistência Islâmica Hamas

Sexta-feira: 21 de Ramadan 1446 AH

Correspondente a: 21 de março de 2025”

Ataques e declarações

No mesmo período, helicópteros israelenses realizaram ataques aéreos contra a cidade de Meghraqa, no centro de Gaza, enquanto aviões de guerra bombardearam a mesquita Rajab al-Attar, no campo de refugiados de Rafah, ao sul da região. A intensificação das ofensivas ocorreu logo após o governo israelense romper um acordo de cessar-fogo, resultando na retomada dos bombardeios.

O ministro da Segurança de “Israel”, Israel Katz, ameaçou publicamente a população de Gaza com uma ofensiva militar ainda mais intensa caso os reféns israelenses não fossem libertados e o Hamas não fosse expulso da região. Ele também afirmou que a evacuação da população das zonas de guerra será retomada em breve, reforçando a perspectiva de novos deslocamentos forçados.

Além disso, Katz ordenou a tomada de mais áreas na Faixa de Gaza, mesmo após a violação do cessar-fogo, justificando a medida como uma forma de proteger soldados e colonos israelenses. A declaração foi condenada pelo Hamas, que acusou o governo israelense de aprofundar a crise política ao tentar promover a expulsão dos palestinos de suas terras.

Resposta da Resistência

A Resistência Palestina respondeu aos ataques com o lançamento de foguetes em direção à cidade ocupada de Askalan, no norte de Gaza, e à região de Telavive. O braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, assumiu a autoria dos ataques, afirmando que foram realizados em resposta aos massacres cometidos pelas forças israelenses contra civis palestinos. 

De acordo com as autoridades israelenses, sirenes de alerta foram ativadas em diversas localidades após o lançamento dos foguetes, gerando pânico entre os colonos.

Além da resposta palestina, as Forças Armadas do Iêmen anunciaram operações militares em apoio à resistência palestina. Em comunicado, informaram que o Aeroporto Ben Gurion, na área ocupada de Yafa, foi alvo de um míssil hipersônico do tipo “Palestina-2”, alcançando com sucesso o objetivo planejado. As forças iemenitas também declararam um bloqueio aéreo sobre a entidade sionista, alertando todas as companhias aéreas de que o aeroporto não é seguro para navegação até que os ataques a Gaza cessem e o cerco seja levantado.

As Forças Armadas do Iêmen também realizaram uma operação com veículos aéreos não tripulados (VANTs) contra navios de guerra associados ao porta-aviões norte-americano USS Harry S. Truman, em resposta às agressões dos Estados Unidos contra o país. Apesar dos ataques aéreos realizados pelos EUA contra várias províncias iemenitas, as forças locais reafirmaram seu compromisso com o apoio à resistência palestina e condenaram a intervenção americana.

Leia a nota do Iêmen na íntegra:

“Em nome de Alá, o Mais Gracioso, o Mais Misericordioso

Alá, o Todo-Poderoso, disse: ‘Ó vós que credes, se apoiais Alá, Ele vos apoiará e firmará os vossos pés’. Esta é a Verdade de Alá, o Todo-Poderoso.

Em apoio ao povo palestino oprimido e em respaldo à sua nobre e valente resistência, a força de mísseis alvejou o ‘Aeroporto Ben Gurion’, na área ocupada de Jafa, com um míssil balístico hipersônico Palestina-2. Pela graça de Alá, a operação alcançou com sucesso o alvo planejado.

Esta é a terceira operação realizada nas últimas 48 horas.

As Forças Armadas do Iêmen alertam todas as companhias aéreas que o assim chamado ‘Aeroporto Ben Gurion’ não é mais seguro para navegação aérea e permanecerá assim até que a agressão contra Gaza cesse e o cerco seja levantado.

Pelo sexto dia consecutivo, e como parte da resposta à agressão norte-americana contra o nosso país, a Força Aérea de Drones das Forças Armadas do Iêmen realizou uma operação militar contra vários navios de guerra vinculados ao porta-aviões norte-americano USS Harry S. Truman, utilizando diversos drones.

Nas últimas horas, o inimigo norte-americano realizou diversos ataques aéreos em várias províncias, numa tentativa fracassada de impedir o Iêmen de se posicionar em apoio ao povo palestino oprimido na Faixa de Gaza.

As Forças Armadas do Iêmen saúdam o povo palestino firme e sua resistência fiel, combativa e valente na Faixa de Gaza — a primeira linha de defesa para todas as nações árabes e islâmicas. Nos colocamos em reverência diante de seus sacrifícios e honramos sua paciência e firmeza diante da brutal agressão. Afirmamos que, pela vontade de Alá, continuaremos a apoiá-los até que a agressão seja interrompida e o cerco seja levantado — independentemente das consequências ou resultados.

‘Alá nos basta, e Ele é o melhor ordenador dos assuntos; o melhor protetor e o melhor ajudador.’

Viva o Iêmen — livre, orgulhoso e independente.

Vitória para o Iêmen e para todos os povos livres da nação.

Sana’a — 22 de Ramadan, 1446 AH

Correspondente a 22 de março de 2025 CE”

Situação humanitária e esforços diplomáticos

A situação humanitária na Faixa de Gaza continua se deteriorando rapidamente. A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu que cerca de um milhão de crianças enfrentam um cenário de trauma extremo devido aos bombardeios constantes. A destruição de mais de 80% dos hospitais e centros de saúde na região agrava a crise, dificultando o atendimento médico e o acesso a medicamentos essenciais.

Sam Rose, representante da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), afirmou que os civis estão sofrendo com a escassez de alimentos e medicamentos, incluindo vacinas e incubadoras para bebês prematuros, que permanecem bloqueados na fronteira.

Enquanto isso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, declararam disposição para cooperar na mediação e contribuir para a desescalada do conflito. Representantes do Egito e do Catar também buscam retomar as negociações de cessar-fogo, mas os bombardeios continuam, intensificando a crise humanitária.

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