Durante esta quarta-feira (17), a Cidade de Gaza ficou sem luz pelo segundo dia consecutivo. O motivo é a nova ofensiva israelense, que promete conquistar a capital da Faixa de Gaza.
Nas últimas 24 horas, tanques e aviões de guerra israelenses intensificaram o bombardeio da Cidade de Gaza, matando 25 pessoas e provocando um êxodo em massa de civis palestinos do maior centro urbano do território.
Longas filas de pessoas deslocadas foram vistas fugindo para o sul a pé, em veículos e em carroças de burro, com seus pertences amontoados, enquanto fumaça espessa subia sobre a cidade.
De acordo com moradores citados pela agência britânica Reuters, tanques israelenses foram enviados para áreas consideradas entradas para o centro da cidade.
“Há fogo de artilharia, ataques aéreos, metralhadoras de quadricópteros e veículos aéreos não tripulados [VANTs]. O bombardeio nunca para”, disse Aya Ahmed, que se abriga com 13 parentes na Cidade de Gaza.
Mais de 60 pessoas foram mortas por fogo israelense na quarta-feira (17), de acordo com a agência de defesa civil de Gaza.
Em agosto, o gabinete de guerra de “Israel” aprovou um plano militar para ocupar a Cidade de Gaza e apertar o controle sobre a Faixa de Gaza bloqueada.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, havia anunciado anteriormente que pretendia “assumir o controle” de todo o território palestino.
O Ministério da Saúde de Gaza declarou que mais quatro palestinos, incluindo uma criança, morreram de fome na quarta-feira (17), elevando o número total de tais mortes para 435 desde o início da guerra, das quais 147 são crianças.
Linhas de internet e telefone foram cortadas em toda Gaza desde quarta-feira, depois que as forças israelenses atacaram rotas e infraestrutura.
A guerra de genocídio continua a atrair severa condenação internacional. Uma investigação da Organização das Nações Unidas concluiu que Israel cometeu “genocídio” na Faixa de Gaza, afirmando que Netaniahu e outros altos funcionários incitaram o crime.
Desde que o regime israelense lançou sua campanha de genocídio em Gaza em outubro de 2023, ele matou 65.141 pessoas e feriu 165.697, a maioria delas mulheres e crianças.





