Líbano

‘Israel’ continuará invasão após fim do prazo para retirar tropas

Netaniahu utiliza como pretexto o exército libanês não ter supostamente cumprido suas obrigações, ou seja, posicionar-se no sul do Líbano para impedir que o Hesbolá retorne

Nesta sexta-feira (24), o governo de “Israel”, em conjunto com as forças de ocupação, decidiu continuar sua invasão no sul do Líbano após o término do prazo de 60 dias estipulado no acordo de cessar-fogo para a retirada de suas tropas.

O acordo, firmado em novembro de 2024 e em vigor desde o dia 27 daquele mês, determinava que “Israel” deveria retirar suas tropas no prazo de 60 dias. Além disso, estipulava que o Hesbolá deveria reposicionar suas forças ao norte do Rio Litani — situado a 30 km da fronteira com os territórios ocupados — e desmantelar sua estrutura no sul do Líbano. O exército libanês, por sua vez, deveria assumir o controle do sul do país, ocupando a área.

No entanto, “Israel” violou sistematicamente o acordo ao longo desses dois meses. Foram destruídos mais de 800 imóveis, e cerca de 30 pessoas foram mortas. Apesar de algumas retiradas pontuais, os israelenses continuaram avançando em outras áreas, incluindo várias vilas invadidas durante a guerra com o Hesbolá, que havia repelido parte dessas incursões.

Recentemente, o exército israelense estabeleceu uma base militar fortificada e instalou equipamentos de guerra eletrônica na colina Awida, entre as cidades de Taybeh e Adaisseh, segundo informações do canal Lebanese News Updates. Vale destacar que os sionistas não conseguiram controlar essa colina durante o conflito com o Hesbolá.

Benjamin Netaniahu afirmou que “a retirada progressiva de tropas continuará” após o prazo de 60 dias, alegando que o exército libanês não teria cumprido suas obrigações previstas no acordo. O primeiro-ministro israelense declarou que a decisão foi tomada “em completa coordenação com os Estados Unidos”.

Fontes em canais de Telegram informaram que o exército libanês teria posicionado suas tropas apenas em algumas vilas do sul do Líbano, sem tomar medidas contra as violações de cessar-fogo cometidas por “Israel”. De forma semelhante, a UNIFIL, força da ONU na região, tem sido acusada de inação diante das infrações israelenses, chegando a orientar os moradores da vila de Qantara a fugirem com a iminente chegada das tropas sionistas.

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