No último sábado (1º), o Estado sionista de “Israel”, através de seu tribunal de ocupação, sentenciou à prisão perpétua os prisioneiros Subhi Sbeihat e Asaad al-Rifai por terem realizado a Operação Elad.
A ação, realizada em maio de 2022 no assentamento Elad, no leste da capital sionista Telavive, foi uma resposta do Hamas ao assassinato do mártir Abdullah al-Hosary. Palestino nascido no Campo de Refugiados de Jenin em 1999, ele cresceu testemunhando tanto os crimes do Estado sionista quanto a luta dos membros da resistência, que para ele se tornaram heróis.
Com 17 anos, al-Hosary foi preso pela primeira vez pelos sionistas sob a acusação de disparar, atirar pedras e fabricar explosivos caseiros contra as forças de ocupação. Ficou dois anos detido com o líder Mahmoud al-Aridah, o que contribuiu para que se tornasse uma referência entre os combatentes. Solto em 2018, continuou atuando no Movimento Jihad Islâmica e em seu braço militar, as Saraya al-Quds. Acabou capturado novamente pela ocupação de 2019 até 2021.
Em 2022, foi morto em combate direto contra o sionismo, conseguindo ferir dois soldados antes de ser atingido por três tiros no peito disparados por um franco-atirador. Antes desse confronto, al-Hosary publicou em sua conta na rede social Facebook: “Ninguém nos guiou para o caminho… aprendemos tudo com os nossos erros”. Sua atuação como liderança da resistência fez com que se tornasse uma referência para outros jovens palestinos.
Ocorrida no dia da comemoração da dita independência de “Israel”- data que na realidade marca a Nakba (“catástrofe” em árabe), quando foi finalizado o estabelecimento do Estado sionista por meio da violência e da limpeza étnica dos palestinos, a Operação Elad resultou na morte de três israelenses e deixou outros cinco feridos. Para isso, os membros da resistência usaram um machado e uma pistola. Subhi e Asaad só foram capturados 63 horas depois.
A Operação Elad deixa como lição a força da resistência palestina e a certeza da vitória e da libertação de seu povo. Certamente, os dois jovens presos se tornarão referências para a luta e a resistência de outros combatentes, assim como Abdullah al-Hosary foi para eles.