Segundo denúncia do portal The Cradle, autoridades israelenses assinaram um “plano de ação” militar trilateral para 2026 com a Grécia e o Chipre, visando “fortalecer a cooperação no enfrentamento à Turquia e apoiar a estabilidade no Mediterrâneo Oriental”, de acordo com o que a imprensa israelense teria informado em 28 de dezembro.
A imprensa israelense apresentou o novo eixo como um contrapeso à “influência turca” no Mediterrâneo, unindo os exércitos de “Israel”, Grécia e Chipre sob um programa de trabalho compartilhado que abrange exercícios conjuntos, grupos de trabalho especializados e coordenação estratégica estruturada entre as três forças armadas.
O arranjo é descrito como sendo de escopo trilateral e bilateral, observando que inclui planos de trabalho separados entre o exército israelense, as Forças Armadas Helênicas da Grécia e a Guarda Nacional Cipriota.
O exército israelense confirmou a assinatura no Chipre e enfatizou que o acordo estabelece mecanismos regulares para treinamento, coordenação operacional e diálogo sobre o que chamou de desafios de segurança compartilhados no Mediterrâneo Oriental.
Um porta-voz do exército israelense caracterizou o acordo como “uma nova fase no fortalecimento da estabilidade e segurança na região”, acrescentando que ele apoia o que o porta-voz referiu como “alianças democráticas” na área.
O acordo militar seguiu-se a uma “cúpula especial” realizada na Jerusalém ocupada, onde o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, reuniu-se com o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, e o presidente cipriota, Nikos Christodoulides.
Durante a reunião em Jerusalém, Netaniahu emitiu um alerta que a imprensa israelense interpretou amplamente como direcionado à Turquia, afirmando que “aqueles que fantasiam que podem restabelecer seus impérios e seu domínio sobre nossas terras” devem “esquecer isso”.
Embora a Turquia não tenha sido nomeada diretamente na declaração, reportagens israelenses e gregas trataram os comentários como uma referência velada ao país.
No início do mês, a imprensa grega informou que “Israel”, Grécia e Chipre estavam examinando a possibilidade de estabelecer uma força militar conjunta de resposta rápida no Mediterrâneo Oriental, refletindo a crescente preocupação em Atenas sobre a expansão da presença militar da Turquia.



