Autoridades de “Israel” vêm impedindo a entrada na Faixa de Gaza de médicos voluntários, inclusive norte-americanos, que atuam no tratamento de feridos palestinos desde o início da ofensiva sionista. Entre os profissionais barrados está o cirurgião de trauma Feroze Sidhwa, que já havia participado de duas missões na região e chegou a relatar a situação nos hospitais de Gaza em sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em maio.
Sidhwa relatou ao jornal norte-americano The Washington Post que recebeu, poucas horas antes de embarcar de Amã, em 13 de novembro, a informação de que seu nome havia sido retirado da lista de pessoas autorizadas por “Israel” a entrar em Gaza. Ele se preparava para realizar cirurgias complexas de reversão de colostomia, fundamentais para milhares de feridos, além de treinar equipes locais. “Ele seria muito útil”, afirmou o cirurgião Khaled al-Serr, do Hospital Nasser.
Segundo o levantamento citado, Sidhwa é um dos quatro médicos dos Estados Unidos, além de dezenas de outros profissionais internacionais, que foram impedidos de entrar no território palestino nas últimas semanas, mesmo após o anúncio de um cessar-fogo apoiado por Washington e apresentado como medida para facilitar o acesso humanitário. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), equipes médicas estrangeiras realizaram mais de 3,5 milhões de consultas e 50 mil cirurgias de emergência em Gaza desde o início de 2024.
As autoridades de “Israel” não apresentaram justificativa pública para as restrições impostas. O órgão responsável pela coordenação de ações nos territórios ocupados, conhecido como COGAT, não respondeu às perguntas enviadas pela imprensa, e tanto o serviço secreto interno quanto o gabinete do primeiro-ministro também se recusaram a comentar.





