Faixa de Gaza

‘Israel’ ataca hospital da ONU e assassina 22 palestinos

Um bebê foi desmembrado como resultado dos bombardeios

Nessa quarta-feira (horário local), um ataque das Forças de Ocupação de “Israel” a uma instalação médica da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) matou dezenas de pessoas, incluindo um bebê recém-nascido. A UNRWA é um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo o Ministério de Imprensa de Gaza, pelo menos 22 civis foram mortos no bombardeio, que ocorreu no campo de refugiados de Jabalia, localizado ao norte de Gaza. Como consequência do ataque, um bebê recém-nascido foi desmembrado. Um vídeo horrível circula na Internet no qual um homem segura o corpo de um bebê sem a cabeça do lado de fora do hospital bombardeado.

A explosão também provocou um incêndio no prédio, que abrigava famílias deslocadas, fugindo dos bombardeios israelenses após terem suas casas destruídas. O governo de Gaza condenou o ataque como um “crime de guerra” e exigiu ação imediata da comunidade internacional.

Em comunicado conjunto, as Forças de Ocupação de “Israel” e sua agência de inteligência Shin Bet confirmaram o ataque, alegando que o alvo era um “centro de comando e controle” do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) – um pretexto que vem se repetindo há um ano e meio para justificar os ataques monstruosos à população civil. Sem apresentar qualquer prova, nem indicar quais combatentes do Hamas estariam no hospital, o comunicado afirma que os militantes estavam escondidos em um centro de comando e controle que servia como infraestrutura militar e ponto central de reunião da organização terrorista”. Cinicamente, o texto ainda diz que, antes do ataque, diversas medidas foram tomadas para minimizar o risco de danos a civis, incluindo observações aéreas e informações adicionais de inteligência”. Restaria explicar porque essas medidas não impediram um bebê de ser explodido…

Em nota, o Hamas denunciou o crime cometido por “Israel”, chamando-o de “massacre bárbaro”. Segundo o partido palestino. o ataque reflete “o desprezo do governo fascista de Netaniahu por todas as leis e normas humanitárias”. O Hamas ainda afirma que testemunhas oculares que estavam na clínica antes do massacre desmentiram completamente as mentiras propagadas por “Israel”, confirmando que todos ali eram civis, majoritariamente mulheres e crianças.

“A continuidade dos ataques deliberados contra civis deslocados em tendas, centros de abrigo e sedes de organizações internacionais, e a execução de massacres nesses locais sem qualquer reação do mundo, revelam o colapso da ordem internacional e a negligência de toda a comunidade internacional em cumprir seu papel de impedir o massacre em curso e responsabilizar os autores. O que está acontecendo na Faixa de Gaza, diante dos olhos e ouvidos do mundo, é uma sucessão de crimes de guerra, genocídio documentado e limpeza étnica completa, executada pela gangue fascista sionista com a cumplicidade explícita dos Estados Unidos. A história responsabilizará todos que se calaram diante desses crimes ou colaboraram com eles.”

Desde outubro de 2023, as forças israelenses já atacaram um total de 228 abrigos civis.

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