Faixa de Gaza

‘Israel’ assassina seis jornalistas em um único ataque

Os jornalistas Anas al-Sharif, Mohammad Qreiqea, Ibrahim Zaher, Mo’men Alaywa, Mohammad Noufal e Mohammad al-Khaldi foram mortos em um ataque direto de uma aeronave israelense

Movimentos de resistência em toda a Palestina e no Líbano condenaram o assassinato, por parte de “Israel”, do jornalista da Al Jazeera Anas al-Sharif e de cinco colegas na Faixa de Gaza, classificando o ato como crime de guerra e exigindo responsabilização internacional. As mortes, descritas como “crime de guerra da mais alta ordem”, ocorreram no último domingo (10).

Os jornalistas Anas al-Sharif, Mohammad Qreiqea, Ibrahim Zaher, Mo’men Alaywa, Mohammad Noufal e Mohammad al-Khaldi foram mortos em um ataque direto de uma aeronave israelense contra uma tenda de imprensa próxima ao Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza. O fotojornalista Mohammad Subh também ficou ferido no ataque.

Em nota contundente, o Escritório de Relações com a Imprensa da Resistência Islâmica no Líbano (Hesbolá) condenou os assassinatos como “um crime de guerra em todos os aspectos”, ressaltando que o alvo foi escolhido de forma intencional para silenciar a cobertura dos crimes, massacres e campanhas de fome de “Israel” em Gaza.

O grupo convocou todos os meios de comunicação, organizações de direitos humanos e entidades internacionais a processar “Israel” em tribunais internacionais competentes.

Os partidos da resistência palestina lamentaram a morte dos “mártires da verdade”, destacando que os jornalistas estão na linha de frente da luta contra a ocupação, tão essenciais quanto a resistência armada. Alertaram ainda que “Israel” busca cometer mais atrocidades longe das câmeras e responsabilizaram integralmente o regime pela “crime premeditado e hediondo”.

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) afirmou que o ataque demonstra o medo de “Israel” da cobertura livre e honesta.
O grupo exaltou a coragem de Anas al-Sharif e seus colegas, cujo trabalho levou ao mundo o sofrimento de Gaza, e acusou “Israel” de tentar “silenciar a imprensa e apagar a verdade”. Advertiu ainda que o silêncio da comunidade internacional torna-se cumplicidade no crime.

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) revelou que os jornalistas assassinados já haviam sido ameaçados por porta-vozes militares israelenses, classificando as mortes como “ato de terror fascista” e prova do “colapso total do direito internacional”.
O Hamas conclamou jornalistas de todo o mundo a intensificar os esforços para expor os crimes de “Israel” e exigiu ação imediata do Conselho de Segurança da ONU.

A Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) condenou os assassinatos como uma decisão política vinculada ao plano mais amplo de “Israel” de ocupar Gaza, promover o genocídio e deslocar à força sua população.

O grupo afirmou que o ataque foi premeditado e pediu mandados de prisão internacionais contra líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu.

O Escritório de Imprensa do Partido Social Nacionalista Sírio também lamentou a morte dos jornalistas, afirmando que o assassinato integra uma campanha sistemática de genocídio contra o povo palestino, voltada para ocupar Gaza, expulsar seus habitantes e explorar seus recursos, incluindo o gás offshore.

A nota enfatizou que o ataque contra aqueles que transmitem a verdade é uma tentativa de calar a voz da Palestina, mas reafirmou que nem a verdade nem a resistência podem ser apagadas pelos crimes israelenses.

Desde o início da guerra, pelo menos 238 jornalistas foram mortos em Gaza, tornando este um dos conflitos mais mortais para profissionais da imprensa na história recente. Os movimentos de resistência insistem que o assassinato de Anas al-Sharif e de seus colegas não silenciará a verdade e prometem continuar expondo os crimes de “Israel”.

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