O Conselho Superior de Planejamento e Construção de “Israel” revisará na próxima quarta-feira (2) planos para construir 2.545 novas unidades de assentamentos em Ma’ale Adumim, perto de Jerusalém, informou a ONG israelense Peace Now na última segunda-feira (31). Até agora, em 2025, o enclave imperialista aprovou 14.392 unidades em territórios palestinos ocupados, número que pode chegar a 50 mil até dezembro, um recorde histórico, segundo a organização. Em 2024, foram aprovadas 9.971 unidades, o que já indicava uma escalada na expansão ilegal.
Sob o comando do ministro das Finanças Bezalel Smotrich, líder de extrema direita, o conselho tem autonomia para avançar projetos sem aval político ou militar desde 2023, acelerando a colonização. Ma’ale Adumim, um dos maiores blocos de assentamentos na Cisjordânia, é parte de um plano do governo da ditadura sionista para anexar territórios palestinos, frequentemente chamados de “Judéia e Samaria” por colonos. A Peace Now alerta que, se mantido o ritmo, 2025 será o ano com maior avanço de colônias desde os Acordos de Oslo, em 1993.
O direito internacional, incluindo a Quarta Convenção de Genebra, considera todos os assentamentos na Cisjordânia ilegais, classificando a transferência de civis de uma potência ocupante para territórios ocupados como crime de guerra. Dados do Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA) mostram que, até março de 2025, mais de 700 mil colonos vivem em 150 assentamentos e 128 postos avançados na Cisjordânia, deslocando comunidades palestinas. A expansão coincide com o aumento de demolições de casas palestinas, com 1.200 estruturas destruídas em 2024, segundo a ONG B’Tselem.