O Estado criminoso de “Israel” aprovou a construção de 1.300 novas unidades de assentamento no bloco de Gush Etzion, ao sul de Jerusalém Oriental ocupada, no que marca mais uma grande escalada na expansão de assentamentos ilegais em toda a Cisjordânia ocupada.
De acordo com o meio de comunicação israelense Canal 14, a decisão foi aprovada por unanimidade no início desta semana pelo Comitê Especial de Planeamento e Construção que supervisiona os assentamentos de Gush Etzion, visando o bairro de Har HaRusim, localizado perto do assentamento de Alon Shvut, a sudoeste de Jerusalém Oriental ocupada.
O plano inclui não apenas habitação, mas também a construção de escolas, instalações públicas, parques e um grande centro comercial destinado a servir os assentamentos vizinhos. O Conselho Regional de Gush Etzion saudou a medida como uma resposta à crescente procura dos colonos na área.
O anúncio surge poucos dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter desconsiderado preocupações sobre as ações de “Israel” na Cisjordânia, afirmando:
“Não se preocupem com a Cisjordânia. Israel não vai fazer nada com a Cisjordânia.”
As declarações de Trump ocorreram quando o parlamento israelense deu aprovação preliminar a dois projetos de lei destinados a anexar a Cisjordânia ocupada e o bloco de assentamentos de Ma’ale Adumim. Tais medidas isolariam Jerusalém Oriental dos seus arredores palestinos e dividiriam a Cisjordânia em duas regiões desconectadas, minando a possibilidade de um Estado Palestino contíguo.
Na terça-feira (28), o jornal hebraico Yedioth Ahronoth informou que o Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, acelerou a construção de assentamentos e a apreensão de terras na Cisjordânia, visando estabelecer “fatos no terreno” irreversíveis antes das eleições para o parlamento no próximo ano.
Desde o novo governo do primeiro-ministro Benjamin Netaniahu no final de 2022, “Israel” avançou com planos para aproximadamente 48.000 unidades de assentamento, com uma média de 17.000 unidades por ano, um ritmo não visto em governos anteriores.
Em agosto, a ocupação aprovou o plano de assentamento E1, a construção de 3.400 unidades perto de Ma’ale Adumim. Os críticos do projeto alertam que o E1 separaria o norte e o sul da Cisjordânia, isolando ainda mais Jerusalém Oriental e desferindo o que muitos consideram o golpe final na chamada solução de dois Estados.





