A Irlanda planeja aprovar uma lei proibindo comércio com empresas do enclave imperialista em territórios palestinos ocupados, citando crimes de guerra em Gaza. O ministro Simon Harris anunciou o início da redação na última terça-feira (25). “É evidente que crimes de guerra ocorrem, crianças morrem de fome e alimentos são usados como arma”, disse Harris ao jornal britânico Financial Times.
A medida, inédita na União Europeia, pode incluir serviços como plataformas de turismo, como o Airbnb, que opera em áreas ocupadas. “Não há obstáculos legais intransponíveis”, afirmou Conor O’Neill, da Christian Aid Ireland. Mais de 400 acadêmicos e juristas apoiaram a proposta, citando parecer da Corte Internacional de Justiça que recomenda evitar comércio que sustente a ocupação.
O comércio com assentamentos é pequeno (€685 mil entre 2020 e 2024), mas a lei tem peso simbólico. A Irlanda, que reconheceu a Palestina em 2024, busca inspirar outros países. O primeiro-ministro sionista Benjamin Netaniahu condenou a iniciativa, chamando aliados de “estarem do lado errado da história”. O Sinn Féin também propõe banir vendas de títulos israelenses.
A lei deve entrar em debate até junho. A pressão por sanções ao país artificial cresce na Europa, enquanto Gaza enfrenta crise humanitária.





