O Ministério das Relações Exteriores do Irã condenou, nesta quarta-feira (17), as ameaças e ações dos Estados Unidos contra a Venezuela, incluindo a possibilidade de bloqueio naval e tentativas de impedir o país de exportar seu petróleo produzido legalmente.
Em nota, a chancelaria iraniana afirmou que as medidas norte-americanas são “manifestações claras” de uma política baseada no uso da força e em intimidação organizada, caracterizando violação de princípios do direito internacional e da Carta das Nações Unidas. O texto menciona violações à liberdade de navegação, à segurança marítima e ao comércio internacional.
O Irã declarou que qualquer ataque a navios comerciais ou obstrução de seu deslocamento constitui “um exemplo flagrante de pirataria marítima estatal e roubo armado no mar”, alertando que tais práticas corroem a ordem jurídica internacional.
Teerã também rejeitou a tentativa de Washington de justificar ações com base em leis internas dos EUA e sanções unilaterais, sustentando que esses instrumentos não podem, “em nenhuma circunstância”, servir de base legal para o que chamou de atos criminosos.
A nota enfatiza que nenhuma potência tem direito de interferir nos assuntos internos da Venezuela e ressalta que, conforme princípios centrais da Carta da ONU, a Venezuela tem direito à autodefesa diante de ameaças externas. Ao final, o Irã apelou para que a ONU, o Movimento dos Países Não Alinhados e governos reconheçam a gravidade do quadro, condenem as medidas coercitivas e responsabilizem Washington pelas violações apontadas.





